A morte de Heitor - resumo

As ruínas de Tróia ainda fumegam. Tróia, agora, não é mais do que um caminho e nós pito e pedregoso. Podia contar nos dedos um muro ou uma coluna que ainda estavam inteiros. Seu solo estava completamente juncado de pedras e tijolos, o que tornou ainda mais acidentado o terreno.

Sentado sobre uma grande pedra e recortado no pedaço de mundo semelhante a um imenso dente quebrado, estava um pobre e imundo Andarilho. De cabeça baixa, o velho, coberto de trapos, cozinhava qualquer coisa sobre uma minúscula fogueira de alguns poucos gravetos. Enquanto cozinhava, cavava no chão, com seu bastão feito de um velho galho de árvore, um pouco menos torto e nodoso do que ele próprio. O velho inclinava curvando corpo para adiante e ameaçava cair de boca no pó. Naquele exato momento, a atenção do velho é distraída pelo ruído de um outro bordão que se aproximava, vindo exatamente em sua direção. Tratava-se de outro Andarilho, vestido de contratos que têm o mesmo corte fresco e arejado do outro. O velho Maneta estende, ao recém-chegado, a sua tigela e os dois se entregam então ao grande momento do dia: paz e sustento sobre o manto cálido da noite. Eles comiam em silêncio até que o puxou um assunto trivial. Conversa vai e vem, o outro rezinga, o outro escarra. Um disse ao outro que ele é um maldito Troiano. O cego pala para o velho Maneta que ele é um maldito Aqueu. O grego é o Maneta; outro olhando é o cego. Após a hostilidade eles permaneceram parado.

Por Geraldo Genetto Pereira
Professor, escritor, blogueiro, youtuber.
Formação: Licenciatura e Mestre em Letras pela UFMG.

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