Pomona era a deusa que presidia a floração dos frutos. Ela guardava de proteger as árvores frutíferas. Seu Bosque vivia fechado a entrada de seus incansáveis cortejadores, a maioria faunos e sátiros. A deusa alimentava dos mais tenros frutos. A deusa dos Pomares tinha um corpo invejável e uma pele perfeita. Ela andava só por entre os troncos das suas adoradas árvores. Entre os Apaixonados pela deusa, havia Vertuno, que era o Deus protetor dos frutos e dos legumes. Pomana sempre fugia dele. Ela não queria saber de amores.
Vertuno é do único Deus que atraia os desejos da deusa, por isso ela fugiu dele. Vertuno era mestre em disfarces e, diversas vezes, se apresentou diante da deusa de diferentes modos: como ceifador, pôs a foice no chão e se sentou aos pés de Pomona. Ela ficou totalmente envolvida com a sua tesoura a cortar os galhos e a retirar os fungos acumulado sem dar atenção ao deus.
Noutra ocasião, Vertuno apareceu como um pescador. Foi um disfarce infeliz. A deusa não gostavam de pescadores e detestava esta atividade. Por isso, ela expulsou Vertuno da sua presença.
Tempos depois, ele se apresentou vestido de coletor de maçãs. Pomona não conseguia alcançar os galhos da árvore e deus ofereceu ajuda. Vertuno começou a subir na escada quando sentiu a mão carga da deusa tocar lhe o pulso. Ela pediu ao deus para que ela mesmo pegasse o fruto. Assim que começou a coletar as maçãs, jogavam uma a uma a Vertuno. A maioria acertado em cheio na cabeça do deus. Pomona reclamava dos gritos do deus, dizendo que ele estava esperando os frutos deixando-os cair no chão.
Quanto mais Vertuno insistia em suas estratagemas, mais a deusa permanecia irredutível: terminando sempre na expulsão dele de seu Bosque sagrado, com maior ou menor delicadeza.
Um dia, uma velha encarquilhada apareceu diante Pomona. O dia estava quente e a deusa estava à vontade. A velha, que era o próprio Vertuno. Aproximou sorrateiramente. Quando chegou aos pés da deusa, sentou-se. Finalmente a deusa observou a presença dentro dela e a cumprimentou estendendo a mão de modo afável. A velha deu um beijo na mão da deusa. A moça recuou diante do gesto inesperado e surpreendente. A deusa estava podando uma vinha e Vertuno aproveitou a ocasião para fazer uma comparação. E que tudo servia aos seus objetivo. Disse para deusa que os galhos se enroscavam e que ela deveria fazer o mesmo. Disse a deusa que ele esteve a observando por muito tempo e percebeu que ela fugia de todos os seres que buscavam o seu amor.
A deusa disse a velha que todos são boçais. Veturno, disfarçado de velha, disse que talvez nem todos o sejam. Enquanto conversava com a deusa, a acariciava as costas dela. Isso a irritou. A velha disse a deusa que existe alguém que está muito mais afim dela de que todos os seus outros pretendentes e que ela sabia quem era aquele que merecia o seu amor. A moça disse que sabia sim. Era o importuno Vertuno. A velha respondeu que era ele mesmo e que ninguém mais poderia fazê-la feliz mais do que ele. A deusa disse a velha que já chegava e se afastou descontrolado. Logo deu-se conta do que passava: descobriu que era Vertuno. A moça o repreendeu dizendo porque ele não experimentava aparecer sobre a sua própria forma ao menos uma vez. Vertuno percebeu que a deusa não tinha olhos para ninguém e buscava diversas formas de convencê-la sobre seu amor.
Desfazendo-se de seu disfarce, Vertuno surgiu diante da moça em sua forma esplendorosa. A deusa ficou deslumbrada com a sua beleza. Ele aproximou-se da dócil Pamona e a cobriu de beijos.
Por Geraldo Genetto Pereira
Professor, escritor, blogueiro, youtuber.
Formação: Licenciatura e Mestre em Letras pela UFMG.
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