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Miniconto ep. 2: Vida de bombeiro

O Bombeiro é o amigo da Vida, por isso ele sempre está livrá-la dos Perigos que a cercam. Se há um acidente com carros, ali há Bombeiro; se há fogo ameaçando a vida, logo aprece o Bombeiro; se há pessoa a se afogar, imediatamente chega o Bombeiro; se há qualquer ameaça à Vida, é só chamar o Bombeiro.

O Bombeiro e a Vida são parceiros. Essa o mantém vivo para protegê-la das ameaças que a rodeiam. A parceria faz nascer o Super-Bombeiro: o amigo da Vida que luta arriscando a vida para proteger a Vida. O sucesso dessa sociedade pode ser observado na vida de muitas pessoas que passam o resto da vida agradecendo ao Bombeiro por lhes terem preservado a vida.
Por isso o Bombeiro é meu Herói.

Por Geraldo Genetto Pereira
Professor, escritor, blogueiro, youtuber.
Formação: Licenciatura e Mestre em Letras pela UFMG.

Noviço contista ep. : História estranha, garota!

Uma menina, que se chamava Márcia, morava com a família em uma pequena cidade do sul do Pará. Ela crescia e ficava mais bonita a cada dia. Os anos passavam e passavam... e, finalmente chegara o aniversário tão esperado por essa garota, o aniversário de vinte e um anos de idade. Ele seria importante porque Márcia sempre almejou a emancipação dos pais.

No dia da festa, Márcia estava mais bonita do que nunca. Havia vários convidados e, entre eles, um primo que ela não o via há muitos anos. Esse era um rapaz bonito e formoso, conhecido pelo nome de Marcos. Um homem sonhador e trabalhador. Quando os dois se olharam, parecia que o vento soprava um ao encontro do outro. Foi amor à primeira vista. Mas o que eles não sabiam é que esse amor perpassaria pelo não-consentimento do Coronel João. A festa estava muito animada. Juntos, os dois dançaram a noite inteira.
Conversavam o tempo todo. Não se separaram em nenhum momento da festa. Pareciam velhos namorados.

No dia seguinte, os dois foram passear na praça principal da cidade e assim descobriram que estavam apaixonados. Todos os dias iam a essa praça. O pai de Márcia estava meio desconfiado do relacionamento dos dois jovens e resolveu investigar o casal, sem contar a ninguém.

Em uma sexta-feira, Marcos e Márcia foram caminhar à beira do rio Caliz; e, conversa vai e conversa vêm. De repente Marcos roubou um beijo da Márcia. O Coronel João chegou e os abortou no mesmo instante e mandou que Márcia fosse para a casa. Proibiu o Marcos de sair com a jovem.

Em casa, Márcia insistiu com o pai para que a deixasse namorar o primo. Revoltado com a atitude da filha, o coronel trancou a garota no quarto. Horas depois, a menina saiu pela janela e foi ao encontro do rapaz. Ao vê-la e ouvi-la sobre o que o pai lhe fizera, o rapaz ficara ainda mais apaixonado. Logo pediu a mão da moça em casamento. Ela aceitou o pedido. Foram à igreja e agendaram o dia do casamento, mas não contou nada aos pais. Queriam casar-se e fugir para bem longe da família.

Chegou o dia do casamento e a garota se vestiu com o vestido de noiva que alugara em uma loja próximo à igreja. Era um vestido branco, muito lindo como a noiva. Mas o coronel descobriu que a filha ia se casar às escondidas e foi à igreja no horário marcado para o casamento. Quando chegou ao templo, obrigou a moça desistir do casamento e a pediu que retornasse para casa. Márcia, revoltada com a atitude do pai, desceu correndo pelas escadarias da igreja e chegou a uma movimentada avenida da cidade, local próximo a sua casa. De repente, um carro apareceu em alta velocidade e atropelou a jovem. A moça foi socorrida, mas morreu antes de chegar ao hospital. Seu pai, ao saber da tragédia, sentiu-se culpado e o noivo, ao tomar conhecimento do que ocorrera à Márcia, não suportou a angustia da perda, correu até o local da tragédia e se suicidou, no mesmo lugar em morrera a noiva.

O coronel sofreu por muitos anos o peso da culpa pela morte da filha. Diz, a vizinhança, que até hoje o espírito de Márcia e de Marcos assombram a casa do Coronel. Pessoas que passam por aquele local
afirmam que é possível ouvir os noivos gritando:
—Coronel, eu vim te buscar!!!!!!!!!!!

Jéssica Maiara da Cruz – 8ª série.

Noviço contista ep. : Raquel, menina de sorte

Raquel era uma menina estudiosa, simpática e feliz. Ela era muito animada e extrovertida. Aos treze anos de idade já imaginava a sua festa de quinze anos. Tinha o desejo de que a festa fosse um marco na sua adolescência e por isso iria convidar muitos colegas da escola e da comunidade em que morava. No dia da festa haveria muita música e ela ganharia muitos presentes. Imaginava. Á meia noite, ela dançaria uma valsa com um convidado especial. Havia um probleminha: os pais de Raquel não tinham dinheiro para realizar o sonho dela.

Quando faltavam duas semanas para o aniversário de quinze anos, Raquel descobriu que havia a impossibilidade da festa. Isso a deixou muito triste e mal-humorada. Essas características afloraram ao rosto da garota a ponto das colegas, da comunidade, descobrirem que os pais de Raquel não tinham condições financeiras para promoverem a festa. Assim, as colegas tiveram uma ideia: fazer uma festa surpresa para a amiga. Então começaram os preparativos para tal festa. Elas começaram a arrecadar dinheiro para realizar o sonho da Raquel. Saíram pelas ruas a pedir ajuda à comunidade. Diziam que fariam uma festa conforme o
desejo da amiga.

Os preparativos ocorreram conforme o esperado; então chegou o dia da festa. As colegas de Raquel já não suportavam mais a ansiedade de ver no rosto da amiga se transbordando de alegria e desaparecerem, de usa só vez, a tristeza e o mau humor. O dia estava perfeito. A noite estava maravilhosa, essa parecia que tinha se

Às oito horas da noite, Raquel chegou à casa muito cabisbaixa. Observou que tudo está muito calmo. Parecia que seus pais dormiram mais cedo do que o normal e se esqueceram de que aquele dia era o dia do seu aniversário. Ao tocar a campainha; acenderam-se as luzes; fogos de artifícios começaram a explodirem e muito barulho ouviu-se dentro e fora da casa. As amigas de Raquel haviam preparado uma linda festa.

Ao adentar ao portão, a garota ficou imóvel, assustada e sem palavras. Havia recebido das amigas uma festa conforme o seu sonho. Percebeu que era uma garota de sorte, pois tinha ao seu lado pessoas que realmente se importavam com os sentimentos dos outros e que não mediram esforços para realizarem um sonho que nem era seus. A homenagem marcou a Raquel para sempre e, segundo ela, nunca mais ouviu falar de um aniversário de quinze anos tão emocionante quanto fora o seu.

Gislaine Pereira da Silva - 8ª série.

Noviço contista ep. : O vício

 Esta é uma história difícil de acreditar. Para muitos, um nascimento é igual a outro qualquer, mas não, cada vida tem um começo e um fim, assim como uma história. Um menino nasceu para a felicidade da família Silva, moradores da periferia de Belo Horizonte – a verdade é que eles moram em Justinópolis, Ribeirão das Neves, mas não aceita esse endereço e falam que moram em Belo Horizonte. Eles são de classe baixa, ou seja, pobres. Após o nascimento desse menino, que o nomearam por Wesley Dias da Silva, e todos ficaram mais felizes e encantados com a  beleza dele. Porém, a felicidade da família durou poucos anos. Enquanto curtiam a criança, os pais dele não imaginavam o que os deuses reservavam para eles. Não imaginavam o sofrimento pelo qual iriam passar.

Aos quatorze anos, Wesley começou a usar drogas. Eram drogas lícitas, na verdade, mas não deixavam de serem drogas. Os pais descobriram que o adolescente usava cigarro e bebia muita cerveja. Para os vizinhos da família Silva, isso não era novidade, pois há muito tempo eles haviam observado que o garoto era um frequentador assíduo de um bar próximo à escola onde ele estudava. Quando se trata de drogas, a família sempre é a ultima a saber. A descoberta foi como uma surpresa. A noticia de que Wesley praticava o uso de drogas os deixou tristes, uma vez que o garoto não era um menino rebelde e nem dava trabalho a ninguém.

O tempo passou. Wesley casou-se com Anne Valter. Ela não se importava com o vício do marido, porém Wesley tinha consciência de que já não tinha a mesma saúde dos anos atrás. Ele resolveu buscar auxílio de um medico, pois temia que estivesse com alguma enfermidade incurável, uma vez que os problemas de saúde só pioravam. Assim começou a temer a morte.

Passaram-se uns meses e para a felicidade e tristeza de Wesley recebera duas notícias: uma dizia que a mulher estava grávida e que aos vinte e quatros anos de idade ele seria pai pela primeira vez. A segunda veio por intermédio do médico. Esse lhe informou que estava com câncer na laringe e tinha poucos anos de vida.  A esta altura dos acontecimentos, o correto seria afirmar que o rapaz parou de fumar, mas contrariando as expectativas, ele continuou a alimentar o vício.

Passaram-se mais alguns meses e nascera o filho de Wesley. Ele recebeu o nome de Wesley Junior. Porém a alegria maior é que Wesley, o pai, continuou a vencer os desafios impostos pela morte. Porém, no dia  vinte e quatro de dezembro de mil e novecentos e noventa e três, aos trinta anos, o rapaz sofre a pior crise relacionada a doença e é levado ao hospital. O estranho é que os vizinhos imaginavam que ele havia se curado, pois estava com boa aparência, forte e bonito, isso fazia com que as pessoas pensassem que o rapaz havia vencido o câncer. A esposa de Wesley permaneceu ao seu lado todo o tempo em que estava internado. Ela não perdia a esperança de que o seu marido recuperasse a saúde. O Juninho, filho do Wesley, também acompanhou o tratamento do pai. Ele já estava com nove anos e sofria, junto com a mãe, vendo a debilidade da saúde do pai.

Passaram-se mais três anos e o estado de saúde de Wesley parecia alterar para melhor. Já se falava em retorná-lo a casa quando houve uma mudança radical no seu estado de saúde. Ele emagreceu subitamente e no lugar da cabeleireira restaram, apenas, algumas mechas de cabelo, o que mostrava a todos que a saúde do moço estava no fim. Por incrível que pareça, ele continuou a fumar. O vício o sufocava. Naquele estado desesperador, ele teve uma ideia: pediu a equipe médica para chamar a televisão, para que ele pudesse fazer um apelo aos jovens; desejava que eles não prosseguissem o caminho que ele trilhara. No seu leito de morte, conseguiu gravar um apelo. Nesse, pedia ao povo que observassem o seu estado físico. Clamava aos jovens que não se deixassem levar pelas alegrias de usar de qualquer tipo de droga, pois essa alegria é momentânea e é causada pelo efeito da droga. Mesmo que o vício fosse por drogas lícitas, o resultado é sempre a doença e a morte.

Passaram-se três dias. Às sete horas da noite de uma sexta feira, treze de setembro, Wesley dá seu último suspiro. Ele fecha os olhos e morre. Assim, o rapaz entra para a história como uma das personagens que se deixaram levar à morte pelo vício do cigarro.

Leonardo Nunes Camargos – 8ª Série.

Noviço contista ep. :A raposa

 Era uma vez eu. Alguém já me conhece? Eu sou uma raposa e me chamo Léo. Posso dizer que sou o melhor, pois é isso que todos dizem de mim: que sou esperto, rápido, muito ágil. A verdade é que eu gosto de correr no quintal da fazenda, o qual é muito grande e tem muitas árvores frutíferas, como macieira, figueira, limoeiros, etc. Porém há um probleminha: todos os moradores da fazenda dizem que eu sou esquisito, pois sou uma raposa de pele marrom e as outras têm a pele bege. Minha dona se chama Paula e é muito legal, pois me trata como se eu fosse filho dela. Paula cuida de mim desde os meus primeiros vinte e um dias de vida. De vez em quando, ela conta como me encontrou. Disse que foi assim: era sete de setembro de 2001. Ela estava fazendo sua caminhada de sempre para colher verduras no outro lado rural da cidade. E andava tranquilamente com sua cesta nas mãos quando ouviu um choro e pensou que o barulho fosse de um bebê. 

A senhora saiu correndo em minha direção e quando chegou perto de mim teve uma surpresa: descobriu que eu era uma raposa e não uma criança. Ela me contou que eu estava com a pata esquerda muito machucada e que parecia que eu havia escapado de uma armadilha ou havia sido resgatado por alguém de uma arapuca e abandonado naquele local. O certo é que eu já não mais me lembro de como foi que eu fui parar naquele lugar todo machucado. O certo é que alguém me deixou todo machucado no meio daquele mato e ela me resgatou, levando-me para sua casa.

Hoje eu estou com dez anos e me lembro de quando eu ainda era pequeno e praticava muitas travessuras. Uma vez eu saí no meio da madrugada e fui andando...andando... até que me perdi. Fiquei três dias e três noites perdido na cidade. A Senhora Paula procurou... procurou e me encontrou andando pelas ruas da cidade completamente atordoado. Ela me jogou um laço no pescoço e me levou para casa, novamente. Devido isso, eu aprendi a lição e desde aquele dia eu nunca mais aprontei.

Esta é minha história, crianças. 

João Victor dos Reis Martins – 9º ano.

Noviço contista ep. : Uma família estranha

 Há muitos e muitos anos, havia uma família que era muito estranha. Essa família era composta por treze pessoas: nove filhos, o pai e mãe e dois primos. A casa era enorme, pois ali morava uma grande família que cresceu ainda mais com a chegada dos dois primos, pois seus pais haviam morrido em um acidente automobilístico; com isso houve a adoção das crianças pelos tios. Todas as sextas-feiras a noites eles se reuniam em volta de uma fogueira e ficavam ali até altas horas, contando histórias de terror.

Eram muito animados: tocavam instrumentos, cantavam e contavam histórias. Eram muito felizes. As histórias pareciam tão reais que eles entravam na casa amedrontados, pois isso as crianças dormiam em um mesmo quarto. Porém, mesmo assim, na alta madrugada aparecia algo para assombrá-las. Quem mais sofria com as perturbações noturnas era a coitada da Maria Júlia, a filha do meio da família. Numa noite de sexta-feira, dia treze do mês, na alta madrugada, ouviu-se um grito:

—Socorro! Ave Maria! Cruz credo! Ai, ai, ai! Creio em Deus pai...

Todos acordaram com aquela gritaria sem fim. Aquele terror acordara até os vizinhos, que correram para ver o que se passava naquela casa. A verdade é que todos os vizinhos achavam aquela família muito esquisita: reunir toda sexta-feira para contar história de terror era algo muito incomum às pessoas normais.

—O que foi Maria? O que foi agora? Perguntou alguém.
— Eu vi um clarão muito forte e esse clarão entrou no meu quarto. Eu acho que era um disco voador e ele veio me buscar.
—Ai meu Deus! Ave Maria! Falou o João, o filho mais velho.
— Será que era mesmo? Perguntou uma vizinha que entrara na conversa.
Continuou:
—Deve ser mesmo. É esquisito igual à ocês ê, deve ser do outro mundo. Vão bora daqui meu fio. Vão sair dessa casa, antes que esse povo pega nóis.
Então um primo de Maria, o adotivo da família, disse:
—Eu acho que é meu pai e minha mãe que veio buscar eu e meu irmão.

O pavor tomou conta da casa e muitos se ajoelharam e começaram a rezar em voz alta:
—Ave Maria! Cruz credo! Creio em Deus pai...
E fazendo o sinal da cruz, os pais dos meninos pareciam não entender nada. Também era desejo das crianças que o assunto não repercutisse aos ouvidos dos pais, pois temiam que eles os proibissem de frequentar fogueira e de ouvirem histórias de terror.

Os dias se passaram e a reunião junto à fogueira prosseguiu durante todo o inverno. Ouviram histórias e mais histórias de terror, que eram contadas até próximo à meia noite. A essa altura as crianças estavam exaustas de sono. Em uma madrugada, Maria acorda todos da casa com a mesma gritaria:

—Socorro! Cruz credo, credo em cruz! Creio em Deus pai...
Os primos foram os primeiros a chegar junto a Maria. Então um deles disse:
—Agora eu vi; é o meu pai e a minha mãe.

Então a maioria das crianças cobria a cabeça e gritava muito e, mesmo com as cabeças cobertas perceberam que um casal aproximava deles. O clarão ficou mais intenso.
—Credo em cruz! Sai Capeta! - Disse o João.
—Não é Capeta, são meus pais. - Disse um dos meninos adotivos.
—Desculpa-me Carlinho. Sai assombração! - Continuou o João.
—Mas não é assombração, são nossos pais. - Alertou o menino.
—Mas eles já morreram, então são fantasmas. - Replicou João.

Em um átimo de tempo, uma mão tocou a Maria e ela desmaiou. Então ouviram e reconheceram uma voz que dizia bem alto:
— Carma meninos. Sou eu, seus bobos. Sou a mãe d’ocês uai; toda a noite eu venho ver se ocês tá bein, cambada de bobos.

Aquela mulher passou algo no nariz de Maria, mas a menina não acordou do susto. Passando-se algumas horas e nada de Maria retornar a si. Carlinho começou a chorar e dizer bem alto:
— Minha mãe levou a pessoa errada. Ela veio me buscar e levou a pobre Maria.
Dona Antônia, sua tia, disse:
— Vira sua boca pro mato, menino; Maria não morreu não e, alma de outro mundo não volta aqui não. Tudo que ocês viram, gente, era eu.

Antônia e seu Marido pegaram a Maria Julia e levaram para o rio, para jogá-la na água fria. Foi só assim que a menina conseguiu despertar depois do susto. Mas acordou gritando:
—Socorro! É uma assombração! Socorro!!!! Socorro!!!!!!!!

A mãe deu-lhe um tapa na cara para que saísse do susto. Então Maria Júlia começou a chorar e Dona Antônia resolveu contar a todos o que havia acontecido. Seus filhos começaram a interrogá-la:
—E aquele Clarão que a gente viu? - Perguntou o Pedro.
—E a mão que passou na cabeça de Maria? - Perguntou o Rafael.
—E os passos que a gente ouviu? - Perguntou a Gina.
Calmamente respondeu Dona Antônia:
—Se ocês deixar, eu posso explicar tudo.

Então Dona Antônia explicou tudo para eles. Assim aquelas crianças conseguiram entender que tudo não passou de um simples engano. O clarão era a vela acesa na mão de dela; a mão na cabeça de Maria era o carinho da mão de Dona Antônia e os passos que eles ouviam no quarto era ela que entrava no quarto para observar as crianças. Todos riram muito e aquele acontecimento virou uma história que era rememorada todas as sextas-feiras de inverno, junto à fogueira, por muitos anos e com muitas gargalhadas.

Jéssica Kelly – 8ª Série.

Noviço contista ep. : História para uma vida

 Um garoto nasceu após oito meses de gestação. Sua família morava em uma cidade do interior de Minas gerais. Era um menino muito frágil e teve que lutar para viver. Seu nome é Cristofen Walken, mas se tornou conhecido da comunidade em que vive pelo cognome de Cris. Sua família não era rica, mas também não era pobre. O pai de Cris morreu em um acidente de carro. Na época do acidente, Cris tinha apenas cinco anos. 


Após a morte do marido, a mãe do garoto, dona Isabel, resolveu mudar de cidade. O objetivo dela era tentar afastar do local em perdera um parte de sua vida, o marido. Dona Isabel vendeu o gado e a pequena fazenda e partira para a capital mineira. Levou consigo o sonho de estudar o filho e fazê-lo crescer na vida na cidade grande. O recurso financeiro que levara consigo não fora suficiente para implementar o sonho. Ao chegarem a Belo Horizonte, tiveram que morar em uma favela. A vida de dona Isabel piorara ao descobrir que havia uma doença em seu coração. Um médico da Santa Casa diagnosticou que era a doença de Chagas. Assim, não ela poderia mais trabalhar devido à doença.

Cris, já com onze anos, decidiu ajudar a mãe. Todos os dias ele saia bem cedo de casa para vender chup-chup na rua. Nesse ínterim conheceu um moço pelo cognome de Vaguinho, esse era o gerente da
boca de fumo da favela. O moço propôs ao Cris um emprego. O garoto ficou receoso, mas aceitou a proposta de trabalho. Porém havia uma condição imposta pelo garoto ao traficante: que o Vaguinho permitisse o concedesse o direito a estudar pela manhã. O gerente aceitou a condição de trabalho do menino.

No dia seguinte à negociação, o Cris começou a distribuir as drogas na favela para o traficante. O garoto levava-as de um lugar a outro em uma sacolinha.

Certo dia, um policial parou o menino e lhe perguntou:
— O que você leva nessa sacola moleque?
Tremendo, devido ao medo da polícia, Cris respondeu-lhe:
— Remédios para minha mãe.
O policial não acreditou no garoto e lhe disse:
— Quero ver o que tem aí dentro.
O policial abriu a sacola, viu a droga e levou o Cris para a delegacia. Como não havia telefone na casa do garoto, os policiais não quiseram entrar na favela para informar a dona Isabel da prisão do menino, pois sabia que o local era muito perigoso. Então o garoto foi entregue ao juizado de menores, sem nenhum comunicado à família.

Devido ao desaparecimento do menino, dona Isabel ficou desesperada. Passou-se um ano e não houve nenhuma notícia do garoto à mãe. Ela pensava que os traficantes haviam matado o Cristofen.

Passaram-se seis anos e o garoto foi liberado do reformatório. Ao chegar à favela descobriu que sua mãe havia morrido. Ficou muito triste com a notícia. Quando saiu do reformatório, o garoto havia concluído o segundo grau, por isso estava habilitado a encarar uma faculdade, por conhecia a sua capacidade intelectual. Ele passou no vestibular, conseguiu uma bolsa de estudos e foi contratado por uma pequena empresa para trabalhar meio horário. A empresa começou a crescer e o rapaz crescia junto a ela.

Anos depois, o rapaz se formou. No primeiro momento comprou uma casa e abandonou, de uma vez por toda, a casa que herdara da mãe na favela. Após mais alguns anos, ele fez pós-graduação em administração de empresa. Neste período de estudo, Cris passou dois anos na Europa fazendo um intercambio financiado pela empresa. Na faculdade européia em que estudou, Cris conheceu uma colega de sala por nome de Júlia. Ao voltarem ao Brasil, casaram-se e tiveram duas filhas.

Passaram-se mais uns anos; então, Cristofen e Júlia montaram uma empresa do ramo de eletrônicos. A empresa cresceu e fora expandida para fora do Brasil. Eles criaram uma filial em Lisboa, Portugal. Devido
ao sucesso da empresa na Europa, o casou foi obrigado a se mudar para Portugal com os filhos. De lá, administrava a matriz no Brasil. Essa era o retrato que fazia o Cristofen rememorar a infância e a juventude e
acreditar que tudo é possível ao ser humano. Ele sabia que se tornara parte de uma minoria que consegue sucesso financeiro na vida, após romper a barreira da pobreza e, assim se orgulhosa da sua ousadia.

Thales Batista Rodrigues – 8ª série.

Noviço contista ep. : O menino que sabia ouvir tudo

Era domingo, mamãe e papai conversavam na sala de jantar sobre mim. Diziam que eu estava crescendo rapidamente e que era preciso tomar algumas providências ao meu respeito tais como conversar sobre sexo, namoro e, principalmente, sobre DST – doença sexualmente transmissível.

Eu fique no meu quarto a escutar a conversa. Fiquei pensando em tudo o que aquilo que meus pais conversavam. Fiquei muitas noites pensando sobre o que eles queriam conversar comigo. Eu não gostava de tocar neste assunto, pois ficava todo embaraçado. Mas era necessário saber sobre tais doenças que a vida traz para as pessoas que não se previnem.

Dias depois, meus pais foram ao meu quarto e me disseram que queriam conversar comigo. Eu, com uma expressão de assustado, falei com eles que poderiam me falar o que quisessem. Eles começaram a falar sobre AIDS. Falaram o que ela é e quais são os perigos; o que ela faz com a pessoa e muitas outras coisas. Eles também falaram muito. Eu, todo embaraçado, fiquei um pouquinho a escutar os meus pais. Eu sabia que er vergonhoso ouvi-los, mas era necessário ter conhecimento sobre isso.
Luiz Fernando Martins Freitas. Ensino Fundamental

Noviço contista ep. : Ensinando-me a crescer

Era domingo, mamãe e papai conversavam na sala de jantar sobre mim. Diziam que eu estava crescendo rapidamente e que era preciso tomar algumas providências ao meu respeito tais como conversar sobre sexo, namoro e, principalmente, sobre DST – doença sexualmente transmissível. Eu fique no meu quarto a escutar a conversa.

Papai Gilberto falou com mamãe que estava preocupado, pois eu não ia demorar a começar a namorar. Ele disse que não estava gostando de eu crescer tão depressa. Eu o escutei falando que era para minha mãe conversar comigo sobre menstruarão, pois eu estava crescendo e, a qualquer hora, virava mocinha.

No outro dia, eles me falaram sobre doença sexualmente transmissível e que quando eu fosse ter minha primeira relação, eu deveria saber me prevenir para não pegar doenças e nem me engravidar. Se isso acontecesse, eu não poderia curtir minha vida. Eles também falaram sobre quem eu devo namorar e até onde eu posso deixar rolar. Minha mãe falou sobre que quando eu me menstruar é para eu não ficar com vergonha, pois eu estou me tornando moça.

Isso é tudo que eu ouvir. Papai e mamãe falaram comigo sobre o que eu precisava ouvir. Foi uma lição de vida. O conselho que dou a você é que escute o seus pais.

Thayná Martins Nunes Leal. Ensino Fundamental

Noviço contista ep. : Nos braços da mamãe

Isabel era uma garota muito triste por não ter a mãe. O pai dela não lhe dava a atenção devida, pois passava o dia a trabalhar fora. Ela só tinha como companheira a irmã Jennifer, mas essa era muito nova para entender as coisas que passavam no intimo da irmã.

Um dia Isabel resolveu contar a Jennifer tudo o que acontecera a sua mãe. Então disse Isabel à Irmã:
— Jennifer, minha Irmãzinha, nossa mãe era uma pessoa muito apegada a nós. Ela acordava pela manhã e me dava um beijo; depois lhe pega no colo e começava a cantar lindas canções, sobre as quais dizia haver aprendido com nossa avó. Acordava o papai dizendo que já estava atrasado para ir trabalhar e que o café já estava pronto a esperá-lo na mesa. A mamãe era muito doce em tudo o que fazia. Era uma pessoa sempre alegre por ter uma família completa e que vivia em paz, era isso que ela costumava nos dizer. Todos os dias, ela nos levava para passear em um parque ou na casa da vovó. Escute-me, você ainda era bebê, mas quando mamãe lhe colocava no colo da vovó, você se tornava a criança mais feliz do mundo. 

Mamãe era muito cuidadosa com o lar e conosco. Ela levantava cedo e arrumava tudo pela manhã e logo fazia o almoço, para que sobrasse tempo para brincar conosco. Como era gostoso! Ela nos alegrava o dia inteiro. O sorriso da mamãe era lindo. Eu acho que nunca vou me esquecer como ela sorria ao ouvir-me dizer que a amava. Ela me abraça forte de tão contente e me dizia que também me amava muito. Antes de dormir, ela sempre lia lindos livros de contos de fadas para mim e repetia quantas vezes eu pedisse; depois, ela me carregava no colo e começava a cantar, porque eu só dormia com o som de sua bela e suave voz. Ela cantava uma canção que ninguém conseguirá cantar igual.
—Como era essa canção? Interrompeu minha irmã.
— Não me lembro bem; só lembro de um trecho que ela cantava que dizia assim “...durma, durma tranquilo meu bem, porque quando acordar eu estarei alegre também. E, se pela manhã você não me encontrar, volte a dormir, pois em seus sonhos sei que vou estar...”. 

Eu, deitada em minha cama, ouvia mamãe cantando e logo meu sono chegava devagar, devagar e, eu sentia um beijo na testa; ela arrumava o cobertor sobre mim, para que eu pudesse dormir sozinha, mas bem aquecida pelas lembranças e sonhos do dia anterior. Um dia eu acordei e senti que mãe me carregava no colo. Ela deu-me um abraço forte e me encheu de beijos; em seguida, ela carregou você ao colo e lhe disse que amava; abraçou-lhe bem forte e, não entendi o porquê, ela começou a chorar e, chorava muito, chorava sem parar. Depois se sentou na minha cama com você ao colo; colocou-lhe em meus braços e chorando disse-me: “ estou deixando sua irmã em seus braços; nunca, em hipóteses alguma, largue sua irmã. Cuide bem dela e sempre dê-lhe carinho, amor e atenção.” Depois disso, ela saiu do quarto abraçou o papai e deu-lhe um beijo. Meu pai parecia não entender o que estava acontecendo.
—E depois, o que a mamãe fez? Perguntou-me Jennifer.
— Ela saiu pela porta da sala, pegou o carro e saiu... saiu disparadamente e, depois desse dia, eu nunca mais a vi. 

Mas eu sabia que depois daquele momento a nossas vidas nunca mais seriam a mesmas. Papai nunca mais falou da mamãe aqui em casa, mas nunca parou de olhar a fotografia da família na parede. Ele, também, nunca soube o motivo dela ter ido embora e nunca mais ter voltado...
                                                                        Yasmin Daniela Pereira Morais. Ensino Fundamental

Noviço contista ep. :Descobrindo segredos de uma adolescente

Era domingo, mamãe e papai conversavam na sala de jantar sobre mim. Diziam que eu estava crescendo rapidamente e que era preciso tomar algumas providências ao meu respeito tais como conversar sobre sexo, namoro e, principalmente, sobre DST – doença sexualmente transmissível. Eu fique no meu quarto a escutar a conversa.

Minha mãe falou ao meu pai que me viu com um garoto na porta da escola e que também havia visto dando um abraço nele. Meu pai ficou preocupado e perguntou a ela se eu arrumei algum namorado na escola. Minha mãe disse a ele que isso é uma coisa normal na adolescência e que ele precisa acostumar e aprender a conviver com isso. Mas meu pai discordou e disse que um simples namoro pode se tornar mais que um namoro e pode até ocorrer uma DST.

Minha mãe pensou sobre o que meu pai falou e mudou de ideia e achou melhor conversar comigo no dia seguinte. Nesse dia, eles conversaram comigo e disseram que eu não tinha idade para namorar, pois só tinha onze anos de idade. Eu entendi. em seguida, eles me explicaram sobre sexo e DST. No final, tudo ficou bem.

Michele Córdova. Ensino Fundamental

Noviço contista ep. : A gravidez que não era real

Era domingo, mamãe e papai conversavam na sala de jantar sobre mim. Diziam que eu estava crescendo rapidamente e que era preciso tomar algumas providências ao meu respeito tais como conversar sobre sexo, namoro e, principalmente, sobre DST – doença sexualmente transmissível.

Eu fique no meu quarto a escutar a conversa. Minha mãe disse que eu estava namorando um menino da minha escola. Imediatamente, papai quis ir ao meu quarto tirar satisfações, mas mamãe o segurou e disse que era preciso apenas conversar comigo. Ainda bem que mamãe me salvou do poderoso chefão.

Eles continuaram a conversa e o que eu não queria aconteceu. Mamãe me chamou para conversar.
- Isabel, venha aqui!
- Sim, mamãe.
- Você tem algo a nos dizer sobre o que está acontecendo na escola?
Não dava para esconder.
- Tenho. Eu estou namorando o Daniel. Desculpa-me por não falar antes; era para ser surpresa.
- Quer surpresa! Você quer dar um ataque cardíaco no seu pai?
- Não; desculpa.

E mamãe acalmou o Seu Antônio, meu pai. Depois, explicou-me que não era para deixar o Dani querer fazer coisas além do beijo e que se acontecesse além do beijo, era para eu me cuidar.
- Não. Este garotinho só toca na sua filhinha depois de casar.
- Pai, não é pra tanto. Deixa de ser careta.

Depois disso, fomos dormir. Mas eu não consegui pegar no sono. Passei a noite pensando na conversa. Sabia que eu tinha dito a verdade, mas não havia contado tudo: eu havia feito sexo com o Dani. O problema é que eu não me cuidei.
No outro dia, contei para o Dani, com toda calma, que era possível que eu estivesse grávida. Ele me disse:
- Não tá certo. Como vai ser sua vida? Eu só tenho dezenove anos e ainda curso a faculdade. Preciso me formar e depois me casar; não, agora não dá para ser pai.
- Eu não vou tirá-lo. Ele é meu filho, tá. Ele não tem culpa da nossa burrada. Tu es um covarde.
Cuspi na cara dele e fui embora.

Depois contei aos meus pais. Mamãe me disse que “falou... falou... mas nada adiantou. O pior foi ouvi-la dizer que estava decepcionada comigo e ir para o quarto chorar.
- Eu não acredito nisso. Cadê o seu sujeitinho de meia tigela? Cadê aquele que abusou da minha filha, hein?
- Ele não quer mais saber de mim.
- Sabia. Mas eu vou carregá-lo pelas orelhas e obrigá-lo a casar contigo
- Eu não quero, pai.
- Não? Tá bom. Arruma suas coisas e vai embora da minha casa.

E fui. Sai de casa sem rumo. Morei debaixo da ponte. Só tinha duzentos reais para mim e o bebê. E foi nesta hora que me tocou a inteligência.
- Espera aí. Eu não fiz o exame. Como vou saber se estou grávida ou não.
Fui para a farmácia torcendo para que o exame fosse negativo.
- Ser mãe deve ser maravilhoso. Mas agora, não.
Eu não acreditei no resultado. Corri para casa e contei para eles. Eu não estava grávida. Por isso, meus pais me aceitaram de volta.

Passado algumas semanas.
- Eu fiquei sabendo que você não está grávida. É verdade?
- É sim. Mas se pensa que eu vou voltar para você, está muito enganado. Seu covardão!

E depois de meses comecei a namorar o Carlos. Este não era covarde. Fui apresenta-lhe aos meus pais. Eles gostaram dele. Mamãe olhou para mim e disse:
- Aprendeu a lição. Não é, filha.
- Sim. Sexo só com camisinha.
                                                               Ketllem Caroline Mendes Flores. Ensino Fundamental

Noviço contista ep. :A hora e vez de pais e filhos conversarem sobre DST

Era domingo, mamãe e papai conversavam na sala de jantar sobre mim. Diziam que eu estava crescendo rapidamente e que era preciso tomar algumas providências ao meu respeito tais como conversar sobre sexo, namoro e, principalmente, sobre DST – doença sexualmente transmissível.

Eu fique no meu quarto a escutar a conversa e pensei muito a meu respeito, já que eu era menina. Eu achei que eles estavam com vergonha de falar sobre isso comigo. Então, fui à sala de jantar. Quando cheguei lá, eles mudaram de assunto. Creio que ficaram com vergonha. Então, resolvi falar sobre namoro e eles ficaram ainda mais envergonhados. Eu disse que ainda era nova e não iria namorar. Em seguida, comecei a falar sobre sexo. Eles ficaram muito envergonhados. Eu disse a eles que não iria fazer isso. Nem pensava em sexo e que, se mais tarde, viesse a fazer isso, eu usaria preservativos. Eles não me disseram nada. Então, eu sai da sala de jantar e fui para meu quarto.

Papai e mamãe começaram a conversar entre si.
- Acho que não vamos falar sobre isso com ela. Disse meu pai.

Riram-se. Eu estava escutando tudo. Fiquei feliz em dizer o que eu pensava e, mais ainda, por saber que eles confiavam em mim.
                                                                                                  Ana Carolina Gomes. Ensino Fundamental

Noviço contista ep. : Meias verdades: quem nunca contou?

Eu vou contar uma história que quase se tornou verdadeira: Era uma vez... um cavalinho que viajou para outra fazenda a procura de um paixão. Ele se chamava Belo, pois era tão lindo que colocaram esse nome nele.

Toda esta história começou no campo quando Belo viu uma vaca e ficou perdidamente apaixonado por ela. Mas os dois não podiam transformar o encontro em uma história de amor com final feliz, pois eram dois animais de espécies diferentes. Então, o cavalinho começou a sofrer muito, uma vez que sabia que seu amor pela vaca não era correspondido.

Um belo dia, Belo estava a pensar: “Oxalá; eu preciso mostrar o meu amor por esta vaquinha.” Após refletir, o cavalinho foi em busca de seu grande amor. Quando chegou à outra fazenda, viu seu amor impossível procurando carícias em outro animal. Ao ver a cena, Belo decidiu retornar para sua casa.

Quando o cavalinho ia adentrado na fazenda de seu dono, ele se deparou com uma linda égua, a qual se chamava Alice. A eguinha era toda branca e de crina suave. Ao se entreolharam, rolou uma química muito intensa e os dois animais se casaram no mesmo dia. Tiveram dois lindos bebês e viveram felizes para sempre.

Até logo, crianças!
                                            
                                            Fernanda Sobrinho Neves. Ensino Fundamental

Conversa de pai para filho

Era domingo. Mamãe e papai conversavam na sala de jantar. Eles falavam sobre mim. Diziam que eu estava crescendo rapidamente e que era preciso tomar umas providências ao meu respeito, tais como conversar sobre sexo, namoro e, principalmente, DST – doença sexualmente transmissível. Eu fiquei no meu quarto a escutar a conversa.

Eu pensei que eles estavam com vergonha de falar sobre isso comigo e fiquei imaginando. “será que é por causa de que eu era menina e só tinha doze anos e não estava na hora deles conversar comigo?” Eu fui crescendo, crescendo. Um dia mamãe me chamou, com meu pai, e todos nós conversamos. Foi mamãe que tocou no assunto primeiro. Eles me explicaram tudo sobre namoro, sexo e DST.

Os dias passaram e quando eu ia pra a escola, ela falou:
- Filha, toma cuidado porque o mundo de hoje não dá para acreditar em mais ninguém.

Ela vivia me falando isso. Eu até decorei a frase que ela falava todo dia comigo.
Agora, eu sou grande e tenho uma filha. Eu falo para ela as mesmas coisas que meus pais falavam para mim.

Elisa Berto Dias. Ensino Fundamental

Noviço contista ep. : Amigas pra sempre

Alessandra era uma menina simples, educada e feliz. Um dia, por ironia do destino, ela perdeu a magia de criança e se tornou uma mulher, ou pelos menos imaginou que se tornara mulher: um filete vermelho escorria de dentro de si. A menina trocou a boneca pela maquiagem, trocou a maria-chiquinha pela chapinha no cabelo, trocou o parque pelo shopping, sem falar nas amigas verdadeira que a amava. Alessandra despiu-se da feliz infância, mas ela mesma não conseguia entender o porquê surgira uma nova Alessandra.

O tempo passava. Na escola a menina se dava mal nos estudos. As saídas, sem avisar aos pais, tornaram-se mais freqüentes. "Esta menina está terrível". Assim dizia os pais da garota. Porém, as amigas verdadeiras de Alessandra nunca desistiram da amizade dela e continuaram legais com a menina. Até que certo dia elas perceberam que Alessandra estava muito triste. Por isso, resolveram perguntá-la o que havia acontecido. A moça disse a elas que não havia ocorrido nada. Porém, havia no íntimo de Alessandra as perguntas que a sufocavam: por que tinha que ser assim? Por que eu não fui eu mesma? E assim a garota passou o resto dia a se questionar. Ela queria continuar amiga de todas as pessoas; queria voltar a ser uma boa aluna; ser uma pessoa de família, bem educada. Para a moça, a felicidade é o bem mais importante que o ser humano pode desejar. Então ela se questionava a respeito da fórmula da felicidade.

Alessandra decidiu procurar ajuda espiritual. Passou por varias religiões, mas não encontrou a felicidade. Naqueles grupos prevaleciam a fofoca e a confusão espiritual.

Certo dia, as amigas verdadeiras de Alessandra foram a casa desta oferecer-lhe a ajuda, novamente. Porém a menina brigou com todas e foi para o quarto. As meninas insistiram. Queriam saber o real motivo da inquietação e da infelicidade revelada nas lágrimas constantes da amiga. Após as verdadeiras amigas insistirem, Alessandra abriu-lhes a porta. Elas passaram o dia inteiro trancadas ao quarto com Alessandra. Essa, aos poucos se acalmou e contou tudo às amigas verdadeiras. As meninas ouviram atentamente as reclamações da amiga e se dispuseram a ajudá-la, pois sabiam que o que aconteceu a essa moça poderá acorrer a qualquer pessoa.

As amigas verdadeiras foram embora. Alessandra já estava restabelecida devido as palavras de conforto ouvidas das verdadeiras amigas. O melhor de tudo é que menina voltou a ser feliz e a ter o mesmo espírito alegre que havia se manifestado na infância; melhorou-se nos estudos e voltou a praticar a boa educação que lhe era peculiar. A respeito do conteúdo da conversa e qual refere-se aos problemas da Alessandra, ninguém sabe, a não ser as verdadeiras amigas, porque as verdadeiras amigas não revelam a ninguém os segredos que lhes são confidenciados.
                                           Thaís Fernanda - Ensino Fundamental

Noviço contista ep. : A gatinha e seu dono

 Era uma vez eu. Eu sou uma gatinha e me chamo de Chandoca. Quando eu nasci, um homem me adotou e levou-me para a sua casa. Essa não era bonita, mas eu gostava muito de viver ali porque eu recebia muito carinho. O moço tinha seis filhos que o amava muito e uma esposa que ele a chamava de Deusa. Todos os dias ele dava-me leite e atum. No entanto, o que eu mais adorava era o momento em que meu dono ia trabalhar. Logo que ele saía de casa, eu corria para um quintal que havia em cima da casa e ficava a brincar com meus amiguinhos. Depois, eu subia na goiabeira e tirava uma soneca, esperando meu dono chegar.

O tempo passou; eu cresci; virei uma mocinha e até arrumei um namorado. Depois de um ano de namoro, nós nos casamos, tivemos seis lindos filhinhos e vivemos felizes para sempre.

Essa é um pouco da minha vida de gatinha, a qual eu adoro muito.

 

Natália de Souza Pinheiro – 9º ano.

Noviço contista: ep.: A galinha Geni

 Era uma vez uma galinha que se chamava Geni. Mas essa não era uma galinha comum. Ela era uma galinha esperta, observadora e que, além disso, tinha poderes mágicos. E quais eram esses poderes? Você saberá ao longo desta história.

Geni vivia no meio de outras galinhas, numa fazenda pertencente à Dona Francisca. Essa adorava todas as galinhas, mas tinha a Geni como a galinha predileta porque percebia como as outras a tratavam com indiferença.

Certo dia, Geni estava andando pelo galinheiro e percebeu que havia dois homens estranhos rondando por lá. Imediatamente, a galinha saiu correndo para avisar a Dona Francisca, que estava na cozinha fazendo seus doces para vender na cidade. Como Geni não sabia falar, ela chegou ao local fazendo a maior bagunça no fogão a lenha. A galinha chegou a jogar todas as panelas no chão.

- Cocoricó...cocoricó.... Fazia a galinha Geni.

Dona Francisca bem que tentou, mas não conseguiu entender o que Geni queria dizer. A senhora pensou que a galinha estava com fome e, por isso, jogou milhos pelo chão. Em seguida, a mulher saiu tranquilamente para a cidade, levando seus doces de leite.

Ao perceber que a senhora partira para a cidade, os dois homens voltaram à fazenda para tentar roubar as galinhas de dona Francisca. Contudo, um mistério estava no ar. Mal sabiam eles que a galinha que queriam roubar botava ovos mágicos, feitos de ouro, os quais reluziam tanto que eram capazes de deixarem qualquer pessoa cega. Apesar de ser uma galinha esperta, ela nunca havia usado seus poderes. Por isso, precisava da ajuda das outras galinhas em suas tarefas diárias. Mas como? Elas não gostavam de Geni e, tampouco, não sabiam de seus poderes. Ao perceber que os homens aproximaram, Geni tratou de reunir todas as aves do galinheiro para contar o que estava acontecendo. Todavia, seu esforço foi em vão. Apenas uma galinha que se chamava Valesca acreditou na Geni. As outras galinhas trataram de virar as costas, fingindo que não escutavam nada. A galinha estava desesperada com a situação e bolou um plano: foi até a Valesca e contou sobre seus poderes mágicos.

Assim que os homens invadiram o galinheiro, Valesca assustou todas as galinhas, fazendo-as correrem por todos os lados do abrigo e deixando os homens confusos e paralisados. Assim, com muita dificuldade, Geni botou vários ovos de ouro, cujo brilho deixou os ladrões cegos. E foi assim que Geni salvou todas as galinhas. As invejosas, quando viram o acontecido, ficaram muito agradecidas à Geni e pediram desculpas por tudo.

Quando Dona Francisca voltou de seu trabalho e encontrou os ladrões correndo, como gata cega, pela fazenda. A senhora chamou a polícia, que prendeu os bandidos. Contudo, a mulher não ficou sabendo o que havia acontecido no galinheiro, mas percebeu que havia surgido união entre as galinhas e isso lhe trouxe muitas felicidades.

 

Rayssa Nara de Deus Costa – 9º ano.

Noviço contista ep.: Um segredo não se conta pra ninguém

Alessandra era uma menina simples, educada e feliz. Um dia, por ironia do destino, ela perdeu a magia de criança e se tornou uma mulher, ou pelos menos imaginou que se tornara mulher: um filete vermelho escorria de dentro de si. A menina trocou a boneca pela maquiagem, trocou a maria-chiquinha pela chapinha no cabelo, trocou o parque pelo shopping, sem falar nas amigas verdadeira que a amava. Alessandra despiu-se da feliz infância, mas ela mesma não conseguia entender o porquê surgira uma nova Alessandra.

O tempo passava. Na escola a menina se dava mal nos estudos. As saídas, sem avisar aos pais, tornaram-se mais frequentes. "Esta menina está terrível". Assim dizia os pais da garota. Porém, as amigas verdadeiras de Alessandra nunca desistiram da amizade dela e continuaram legais com a menina. Até que certo dia elas perceberam que Alessandra estava muito triste. Por isso, resolveram perguntá-la o que havia acontecido. A moça disse a elas que não havia ocorrido nada. Porém, havia no íntimo de Alessandra as perguntas que a sufocavam: por que tinha que ser assim? Por que eu não fui eu mesma? E assim a garota passou o resto dia a se questionar. Ela queria continuar amiga de todas as pessoas; queria voltar a ser uma boa aluna; ser uma pessoa de família, bem educada. Para a moça, a felicidade é o bem mais importante que o ser humano pode desejar. Então ela se questionava a respeito da fórmula da felicidade.

Alessandra decidiu procurar ajuda espiritual. Passou por varias religiões, mas não encontrou a felicidade. Naqueles grupos prevaleciam a fofoca e a confusão espiritual.

Certo dia, as amigas verdadeiras de Alessandra foram a casa desta oferecer-lhe a ajuda, novamente. Porém a menina brigou com todas e foi para o quarto. As meninas insistiram. Queriam saber o real motivo da inquietação e da infelicidade revelada nas lágrimas constantes da amiga. Após as verdadeiras amigas insistirem, Alessandra abriu-lhes a porta. Elas passaram o dia inteiro trancadas ao quarto com Alessandra. Essa, aos poucos se acalmou e contou tudo às amigas verdadeiras. As meninas ouviram atentamente as reclamações da amiga e se dispuseram a ajudá-la, pois sabiam que o que aconteceu a essa moça poderá acorrer a qualquer pessoa.

As amigas verdadeiras foram embora. Alessandra já estava restabelecida devido as palavras de conforto ouvidas das verdadeiras amigas. O melhor de tudo é que menina voltou a ser feliz e a ter o mesmo espírito alegre que havia se manifestado na infância; melhorou-se nos estudos e voltou a praticar a boa educação que lhe era peculiar. A respeito do conteúdo da conversa e qual refere-se aos problemas da Alessandra, ninguém sabe, a não ser as verdadeiras amigas, porque as verdadeiras amigas não revelam a ninguém os segredos que lhes são confidenciados.
Thaís Fernanda - Ensino Fundamental

Noviço contista ep. : O menino aventureiro

Era uma vez um menino que se chamava Miguel. Ele era um garoto muito estudioso e sempre havia em mente várias ideias sobre aventuras. Entre as várias aventuras que criava, a que ele mais gostava era aquela em que se passava em uma floresta. Miguel era o personagem principal, um morador da selva que lutava com muitos bichos selvagens. Entre os seus adversários estavam: o esquilo voador, as árvores gigantes que tinham pernas as quais lhes permitiam andar e o porco espinho, que atiravam os espinhos como se fosse uma arma de defesa.

Um dia o Miguel encontrou uma menina que havia iniciado os estudos no colégio que ele estudava. Eles estudavam na mesma turma. Então, se tornaram amigos. Com o passar do tempo deu-se o namoro.
Um dia o garoto contou à namorada sobre as aventuras. Ângela – esse era o nome da menina – duvidou de tudo que ouvira do namorado. Achava a história um absurdo. Disse que o Miguel estava ficando maluco e que ele não sabia o que falava. Porém o garoto não levou em conta a opinião de Ângela e continuou a se aventurar.

Certo dia, o Miguel foi até a Ângela para relatar uma ótima experiência que vivera no dia anterior. Falou a ela que existia um mundo diferente do mundo deles. Esse mundo não havia morte e nada de ruim que perturbasse os seus habitantes. Ela não creu em nada que Miguel lhe contara; continuou incrédulo e imaginando que tudo não passava de maluquice do namorado. Porém ela não falou nada ao ele. Para agradar o namorado, Ângela concordou com as ideias dele O menino ficou muito feliz e convidou a  garota para ir visitar a floresta, que ficava próximo à escola onde eles estudavam. Antes de partir para a mata, ela avisou ao Miguel que não gostava da história do lobo mau.

Ao chegar à floresta, Miguel disse a Ângela que para entrar no outro mundo mágico era preciso que ela usasse a imaginação, pois só assim tudo se tornava realidade. Então a garota se concentrou e percebeu que tudo o Miguel lhe falou sobre o outro mundo era verdade. Assim ela passou a frequentar a floresta com o namorado todos os dias após as aulas.

Miguel comprou um cachorro e o deu à namorada. Todos os dias ela levava o animal para a floresta. Lá, o cão virava um príncipe.

Os pais de Ângela descobriram que ela namorava o Miguel. Eles ficaram furiosos com a filha, pois não aceitavam que a menina namorasse o garoto. Então Ângela ficou com raiva dos pais e fugiu de casa.

Um dia caiu uma grande tempestade e transbordou o rio que havia no meio da floresta – A Ângela imaginou a chuva – e quando a garota foi atravessar o rio, pendurada em uma corda de cipó, houve a quebra desse e
a menina caiu no rio. Ela não conseguiu escapar das águas e morreu afogada. Quando Miguel soube da
 morte da amada, não acreditou na história. Mesmo assim, a tristeza o tomou completamente. O menino começou a chorar e gritar pelo nome da namorada no meio da floresta. Os pais do Miguel e os pais da Ângela o encontraram à beira do rio da floresta. Tentaram acalmá-lo, mas o Miguel não lhe deram ouvidos.

Passaram vários meses e, nesse ínterim, Miguel tentou conformar-se com morte da namorada, mas não conseguiu. Todos os dias ele voltava à floresta em busca da amada. Porém não conseguia vê-la e voltava para casa muito frustrado. Um dia Miguel ouviu a voz de Ângela que o chamava na floresta. Ela o pedia para se juntar ao mundo diferente, pois assim os dois poderiam ficar juntos para sempre. Então Miguel se matou e os dois viveram felizes para sempre, pois o amor é capaz de vencer todas as barreiras, mesmo após a morte.

Gustavo da Silva – 8ª serie.

Novidade!

6º ano - gênero carta

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