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Crônica política ep.1: Quanto vale o seu voto?

Há um ditado popular que se diz: “pagando bem, que mal tem.” Nesta trilha sonora das vogais e consoantes do dito popular acima perpassa o pensamento de milhões de brasileiros. Desculpe-me por insistir com a pergunta: quanto vale o seu voto?

Permita-me dizer que seu voto vale muito. Se se paga bem ou mal por ele, sempre haverá consequências. Um país só se constrói por meio da liberdade de escolher. Isso é fato. Mas essa é preciso ser boa em todos os sentidos. Se isso não ocorrer, seu voto vale menos do que uma fossa séptica. Os biólogos e químicos entendem o que digo. Seu voto pode valer quatro anos de uma má ou boa gestão. Seu voto vale o poder para aqueles políticos que têm nojo de pobres. Pergunta-me qual classe social eles defendem. Político que afirma que "Nunca cuidei dos pobres, não sou são Francisco de Assis. Até porque a primeira vez que tentei carregar um pobre 'pra' dentro do meu carro, eu vomitei por causa do cheiro" defende qual classe social? Não é uma questão de disputa social; é uma questão social, econômica e cultural. Sem se importar com a classe social, pode-se dizer que o ser humano nasce igual; assim como seu fim será igual. Pense: se você faz parte da elite hoje, não está imune à pobreza. Ela chega à casa dos pobres, assim como chega aos palacetes dos ricos, de forma direta ou indireta. Você nunca estará imune às mazelas da pobreza. Infelizmente.

Há pessoas e partidos políticos que acham que só se deve governar para a elite, de preferência para os caucasianos. Portanto, eleitor, tenha prudência na hora de escolher membros desses grupos partidários, pois eles não têm compromisso com o todo de uma nação.

Mais, e aí, quanto vale o seu voto? Bem; seu voto pode valer o retrocesso econômico e social; pode valer o retorno de milhares de brasileiros a extrema pobreza; pode valer o retorno da economia do país as ingerências do FMI. Por muitos anos, os brasileiros pagaram juros sobre juros ao Banco Mundial. Presidentes e mais presidentes se humilharam diante dos poderosos pedindo ajudada econômica. Isso aconteceu porque os governos, que só trabalhavam para o bem-estar das elites, diziam que recorrer aos empréstimos internacionais era necessário para o crescimento do Brasil. Não; não era! Assim que outro modelo político chegou ao poder, provou que os seus antecessores estavam errados. Uma dívida que era considerada impagável, por muitos economistas brasileiros, foi extinta em pouco tempo. O Brasil passou de devedor a credor. A economia cresceu. O PIB elevou. Milhares de pessoas saíram da pobreza extrema. Os "luxos" chegaram às casas dos menos favorecidos. Ricos e pobres desfilavam em carros de luxo. Isso incomodou a muitos.

Quanto vale o seu voto? A sua imperícia na hora de votar vale colocar no poder megaempresários que dizem não serem políticos, por isso se veem no direito de governar só para uma classe social, a que eles representam. O ser político é aquele que governa para todos. Conforme o pensamento político de Aristóteles, o homem é um animal político por natureza. Assim sendo, o homem não deve ignorar a coletividade privilegiando interesses particulares. Aristóteles observa que o homem é um ser que necessita de coisas e dos outros, sendo, por isso, um ser carente e imperfeito, buscando a comunidade para alcançar a completude. E a partir disso que ele deduz que o homem é naturalmente político. Em suma, político é aquele que governa para um estado ou para uma nação; aquele que se relaciona com o espaço público. Um ser político que se diz não político pode ser comparado ao mito da caverna de Platão, no qual o poeta imagina uma caverna onde os homens estão acorrentados desde a infância, de tal forma que, não podendo se voltar para a entrada apenas enxergam o fundo da caverna. O cidadão não político tem essa qualificação do mito da caverna. Ele só enxerga o espaço onde passou toda a sua vida.

Quanto vale o seu voto? Seu voto vale uma PEC-241 que almeja 20 anos de retrocesso social e cultural. Nesse tempo, os ricos, empresários não terão seus lucros congelados ou geridos pelos índices inflacionários. No entanto, os proletários terão seus ganhos controlados porque para a ideologia cultural caucasiana e elitista não se pode permitir a pobres e ricos andarem de avião; não se pode permitir a pobres e negros frequentarem locais, como praias, frequentados pela elite econômica; não se pode permitir a pobres e negros passarem férias em países estrangeiros; não se pode permitir a pobres e negros terem na garagem carros novos. Para essa ideologia, é necessário diferir o carro do rico ao carro do pobre parado em um semáforo.

Quanto vale o seu voto? Se você acha que vale mais que uma Bolsa Escola; que uma Bolsa Família; tudo bem. Está correto em seu raciocínio. Isto é verdade: seu voto vale muito mais que isso. Você pode não concordar com o formato da distribuição de renda; no entanto, não seja imbecil a ponto de dizer que ela foi errada. Só se constrói uma grande nação dando oportunidades a todos. Só se constrói uma grande nação trazendo equidade na distribuição das riquezas.

Quanto vale o seu voto? Ele vale a formação política, econômica, social e cultural do seu ente querido. Deve ser constrangedor para a elite ver, sentados em uma sala universitária, pobres e ricos obtendo os mesmos direitos de uma formação cultural e profissional. Também é constrangedor ouvir os membros da elite econômica dizerem que os programas sociais de incentivo à formação profissional terão fim e que o estudante beneficiário terá que bancar o fim do curso com seus próprios recursos. Quem já frequentou uma universidade privada sabe que estou sendo verídico ao citar tal falácia. Não tive o privilégio de tal benefício ou abandonar a faculdade.

Quando eu me ingressei no curso superior, havia restrição a este nível de formação. Foram penosas horas de estudos para eu ingressar em uma universidade federal. Havia dia em que eu passava mais de dezesseis horas estudando. Não bastava vencer a etapa que enfatizava a leitura, compreensão e interpretação de textos; era necessário provar que sabia escrever e argumentar semelhante à elite econômica, que frequentava as melhores escolas privadas e se preparava para a segunda etapa dos vestibulares das universidades públicas em pré-vestibulares que chegavam a custar mais de três salários mínimos por mês. Em Belo Horizonte, eles tinham até nomes apropriados aos seus públicos como “Elite”, “Classe A”. Quase que exclusivamente, a tal etapa almejava excluir a classe menos favorecida do Ensino Superior.

Nos finais dos anos de 1990 e início dos anos 2000, só restava aos menos favorecidos quebrar os paradigmas e passar na segunda etapa dos vestibulares. Outrora, muitos universitários vendiam o corpo para pagarem cursos superiores em instituições privadas. Quando se chegava à sala de aula nas universidades públicas, era comum ver gráficos e ouvir discursos de professores mostrando a quase impossibilidade de alunos de escolas públicas fazerem parte do grupo de discentes universitários. Lembro-me que uma aluna do curso de Medicina que estudou numa escola pública no Bairro Vila Cloris, em Belo Horizonte. O índice de aprovação de alunos da escola estadual em Medicina na UFMG era 0,001... Havia aqueles docentes que diziam que a chegada de alunos de escolas públicas as universidades públicas federais reduzia o nível acadêmico da instituição. Um pensamento elitista e preconceituoso.

Quanto vale o seu voto? De tempo em tempo há eleições; há etapas eleitorais. Quem lhe representa em cada uma dessas etapas nas urnas eletrônicas? Você acredita na falácia: "não sou político"? Você acha que a elite representa os pobres e esses representam a elite? Não se esqueça de que quando você está digitando um número de um candidato, naquele momento, você representa seus entes queridos; sejam eles idosos, adultos, jovens, adolescentes, crianças e até os fetos. Qual futuro você almeja construir para eles. Lembre-se de que este é um dos valores do seu voto: votar consciente.

Por Geraldo Genetto Pereira
Professor, escritor, blogueiro, youtuber.
Formação: Licenciatura e Mestre em Letras pela UFMG.

7º ANO - PROVA DE LÍNGUA PORTUGESA COM GABARITO

Questão 01

Leia o trecho de uma crônica, atentando para o posicionamento do autor frente ao tema.

Leio na imprensa portuguesa que o grande dicionário em dois volumes da Academia das Ciências de Lisboa acaba de incorporar um novo lote de palavras “que passaram a fazer parte do léxico português”, entre elas criptomoeda, metaverso e podcast.

T rata-se de uma boa oportunidade para refletir sobre o papel dos dicionários na fixação de um vocabulário, digamos, chancelado, oficial Dicionário que fica parado cai na obsolescência, vira curiosidade de sebo.

 RODRIGUES, Sérgio. Dicionário que não se atualiza morre. Folha de S. Paulo, 7 jun. 2023. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.  Acesso em: 22 jul. 2023 (adaptado). 

Ao ler o trecho da crônica, verifica-se que o autor

 

A) mostra-se favorável à atualização dos dicionários.

B) opõe-se ao uso de termos derivados de outros idiomas.

C) afirma que se devem usar apenas palavras chanceladas.

D) desaprova a inserção de palavras modernas ao dicionário.

 

Questão 02

Leia o texto, observando o argumento do autor.

A que filme assistir hoje? Ainda não sei, mas é bem provável que eu gaste boa parte do meu escasso tempo tentando encontrar o filme ideal.

Há várias razões para isto. Uma delas está ligada ao que o psicólogo norte-americano Barry Schwartz chamou de “paradoxo das escolhas”: diante de uma infinidade de opções disponíveis, criamos a ideia de que existe uma escolha perfeita; na busca deste ideal, tendemos a ficar frustrados após a tomada de decisão, nos questionando se não haveria outra opção melhor.

 FRANÇA, Vitor. Que filme ver hoje? Diário do Comércio, 26 maio 2023. Disponível em: https://dcomercio.com.br. Acesso em: 22 jul. 2023 (adaptado). 

No texto, ao mencionar o paradoxo das escolhas, o autor

 

A) explica por que se leva tanto tempo tentando encontrar um filme para assistir.

B) sugere que é melhor não assistir a filmes, para evitar a frustração de escolher um.

C) defende que não há escolha perfeita, portanto , deve-se optar por assistir a qualquer filme.

D) reforça a ideia de que é mais fácil escolher um filme se a decisão for delegada a outra pessoa.

 

Questão 03

Leia o texto, observando os meios pelos quais o autor defende seu argumento.

Em um país de dimensões continentais e realidades tão distintas, a educação não consegue chegar a todos da mesma forma. Atualmente, a modalidade EJA sofre com a evasão de alunos e profissionais de educação. De acordo com dados do Censo Escolar de 2021, foi registrada uma queda de 22% nas matrículas e 29 mil professores deixaram de dar aulas na EJA entre os anos de 2018 e 2021. Questões econômicas, dificuldades de acesso às escolas e a inadequação dos processos de aprendizagem à faixa etária são fatores que compõem esse triste retrato.   

 CIRILO, José Carlos. A lacuna educacional na juventude brasileira. Correio Brasiliense, 21 jul. 2023. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 22 jul. 2023 (adaptado). 

No texto, o autor se vale do Censo Escolar de 2021 para

 

A) indicar uma solução para a queda de matrículas.

B) demonstrar as dificuldades enfrentadas pela EJA.

C) fundamentar a tese de que a EJA deve ser encerrada.

D) opor-se à ideia de que a EJA lida com a falta de qualidade.

 

Questão 04

Leia o texto, observando o emprego de pronomes demonstrativos.

Os grandes escritórios da maior parte das cidades do mundo continuam vazios. O abandono desses espaços se deve, basicamente, à pandemia do coronavírus, que forçou as empresas a adotar o trabalho remoto de forma repentina. O sucesso foi amplamente festejado: a adaptação foi rápida e salvou milhões de empregos.

    PASTORE, José. A reversão do trabalho remoto. Correio Brasiliense, 7 jul. 2023. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 23 jul. 2023.  

Na passagem “O abandono desses espaços se deve, basicamente, à pandemia do coronavírus”, o pronome demonstrativo “desses” foi utilizado para se referir

 

A) ao mundo.

B) às cidades.

C) aos empregos.

D) aos escritórios.

 

Questão 05

Leio o texto, atentando para o emprego de pronomes possessivos.

O envelhecimento do mercado de trabalho está diretamente ligado ao ritmo mais lento do crescimento populacional do Brasil. Segundo o Censo Demográfico, o país viu sua população aumentar 6,5% entre 2010 e 2022, para 203 milhões de habitantes, quase 5 milhões a menos do que o esperado. A taxa média de expansão anual da população foi de apenas 0,52% no período – a menor em 150 anos [...].

 MATOS, Fábio. Por que o mercado de trabalho está envelhecendo e o que isso significa. Metrópoles, 21 jul. 2023. Disponível em: https://www.metropoles.com. Acesso em: 23 jul. 2023 (adaptado).  

No texto, o pronome possessivo “sua” estabelece relação de “população” com

 

A) o país (Brasil).

B) o envelhecimento.

C) o Censo Demográfico.

D) o mercado de trabalho.

 

Questão 06

Observe a tabela, atentando para as informações apresentadas.

TABELA de decomposição. Disponível em: http://www.gramadus.com.br. Acesso em: 28 jul. 2023. 

Ao ler a tabela, é possível verificar que

 

A) a s esponjas se decompõem mais rápido do que a corda de nylon. 

B) os chicletes são os produtos que se decompõem mais rapidamente.

C) a fralda descartável pode levar mais tempo para se decompor do que as baterias.

D) a cerâmica e a borracha se decompõem mais rápido do que qualquer outro material.

 

Questão 07

Observe o gráfico, atentando para as informações apresentadas .




SPAGNUOLO, Sérgio. 11 gráficos que mostram como as pessoas consomem notícia na internet. Aos Fatos, 2 mar. 2018.Disponível em: https://www.aosfatos.org. Acesso em: 28 jul. 2023.

Ao analisar o gráfico, é possível verificar que

 

A) a maioria dos consumidores busca notícias em veículos tradicionais.

B) a maioria dos consumidores busca notícias em redes sociais ou sites de busca.

C) os veículos alternativos de imprensa são muito utilizados pelos consumidores.

D) os consumidores preferem agregadores como Reddit aos veículos tradicionais de notícias.

 

Questão 08

Leia o texto, observando a estrutura das orações.

Conhecidas como baleias assassinas, as orcas (Orcinus orca) não são nem propriamente baleias nem tampouco assassinas de pessoas. Esses mamíferos marinhos são cetáceos com dentes parentes dos golfinhos, e, junto com eles, consideradas os animais mais inteligentes do mundo depois do ser humano. A denominação popular de baleia alude ao tamanho do animal e inclui dezenas de espécies, além das orcas.

 POR QUE AS ORCAS não são baleias nem assassinas? O Globo, 15 jul. 2023. Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 28 jul. 2023 (adaptado). 

A respeito da passagem “A denominação popular de baleia alude ao tamanho do animal e inclui dezenas de espécies, além das orcas”, é possível afirmar que

 

A) o sujeito da oração é “baleia”.

B) a frase tem uma única oração.

C) a frase tem duas orações unidas pela palavra “e”.

D) o sintagma “inclui” concorda com “dezenas de espécies”.

 

Questão 09

Leia o texto, atentando para as informações implícitas.

“Minha obra foi copiada por IA mais do que a de Picasso.”

A inteligência artificial (IA) está mudando a vida como a conhecemos, mas para o artista digital Greg Rutkowski está causando grandes problemas.

Ele disse que seu nome havia sido usado mais de 400 mil vezes como prompt em ferramentas de IA que geram arte desde setembro de 2022 — mas sem seu consentimento.

Prompts são os comandos enviados ao sistema de inteligência artificial para que ele gere a resposta almejada [...].

 HUTCHINSON, Clare; JOHN, Phil. Minha obra foi copiada por IA mais do que a de Picasso'. BBC News Brasil, 20 jul. 2023. Disponível em: https://www.bbc.com. Acesso em: 26 jul. 2023.  

Ao ler o texto, é possível verificar que

 

A) o artista desaprova o uso de sua arte por IA.

B) o artista gostou de ser reconhecido por sua arte.

C) a arte de Greg tem sido usada com sua aprovação.

D) o artista tem usado prompts em IA para gerar novas artes.

 

Questão 10

Leia uma estrofe do cordel, observando as características desse gênero.

História do pavão misterioso 

Eu vou contar uma história

De um pavão misterioso

Que levantou voo na Grécia

Com um rapaz corajoso

Raptando uma condessa

Filha de um conde orgulhoso.

[...]

SILVA, João Melquíades Ferreira da; BATISTA, Francisco das Chagas. Histórias no varal: três cordéis de romance e aventura . 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2014. p. 13.

Ao ler a estrofe inicial de “História do pavão misterioso”, é possível perceber que esse cordel

 

A) tem versos livres.

B) dispensa o uso de rimas.

C) retoma a poesia clássica.

D) narra uma história ficcional.

 

Questão 11

Leia um trecho do cordel “Brasi Caboco”, atentando para as variações linguísticas utilizadas pelo autor.

Brasi Caboco 

[...]

É o Brasil que não veste

Liforme de gazimira ,

Camisa de peito duro,

Cum butuadura de ouro...

Brasí Cabôco só veste,

Camisa grossa de lista,

Carça de brim da "P olista"

Gibão e chapéu de couro!

[...]

LUZ, Zé da. Brasi Caboco . Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br . Acesso em: 24 jul. 2023.

No cordel, ao utilizar palavras que fogem à norma-padrão, o poeta

 

A) satiriza o modo de falar das pessoas do interior.

B) limita a literatura de cordel a quem fala dessa forma.

C) enaltece a cultura e as variações linguísticas regionais.

D) revela como os desvios gramaticais prejudicam a literatura.

 

Questão 12

Leia um trecho de cordel, atentando para seu ritmo.

Poeta, cantô de rua,

Que na cidade nasceu,

Cante a cidade que é sua,

Que eu canto o sertão que é meu.

Se aí você teve estudo,

Aqui, Deus me ensinou tudo,

Sem de livro precisá

Por favô , não mêxa aqui,

Que eu também não mexo aí,

Cante lá que eu canto cá..

[...]

ARRUDA, Inácio (org.). Patativa do Assaré : Poeta Universal . Fortaleza: Gráfica Pouchain Ramos, 2009. p. 125 .

Ao ler a estrofe, é possível constatar que

 

A) os versos dispensam as rimas.

B) os versos dispensam a métrica.

C) os versos são compostos por setilhas.

D) os versos são compostos por sextilhas.

 

Questão 13

Leia um trecho da entrevista, observando os temas e subtemas tratados na conversa.

Amazônia Real – O que é a Década Internacional da Língua Indígena?

Altaci Rubim – A década surge em 2019, na Bolívia, durante uma luta em torno do fortalecimento das línguas indígenas [...].

Amazônia Real – O que será feito para fortalecer línguas em risco?

Altaci Rubim – Mexer com a língua é conflituoso. Mas se não nos aliarmos nesse momento, podemos não ter oportunidade de fortalecer as línguas que estão “fracas”. Tem povo querendo retomar, mas falta política pública para isso [...].

FARIAS, Elaíze . ‘ As línguas indígenas estão adormecidas, não foram extintas ’ , diz linguista Kokama . 

                                                                                                                                 Disponível em: https://amazoniareal.com.br. Acesso em: 24 jul. 2023.

O tema central da entrevista trata de

 

A) uma reforma das línguas indígenas .

B) um conflito entre os indígenas bolivianos.

C) um processo para oficializar línguas indígenas.

D) uma iniciativa de preservação de línguas indígenas.

 

Questão 14

Leia o fragmento da entrevista, observa n do o tipo de linguagem empregada.

Quando foi que começou escrever seus primeiros poemas?

Eu não me lembro muito bem de como comecei mesmo a escrever, eu me lembro que gostava muito de ler, lia muitas poesias e tinha uma vontade de me expressar [...].

Frequentemente você é vista como uma autora de textos difíceis, herméticos ..

Quando me perguntam por que escrevo dessa forma que as pessoas não entendem, e por que é tão complexo tudo, então eu digo, mas, Meu Deus, é o processo da vida que é tão complexo! [...]

Glossário :

herméticos : complexos, de difícil compreensão.

HILDA Hilst: uma conversa sobre a vida, a morte, o amor e o ato de escrever . Estadão , 7 jul. 2023. Disponível em: https://www.estadao.com.br. Acesso em: 23 jul. 2023 (adaptado) .

A linguagem empregada na entrevista é

 

A) complexa, pois trata -se de poesia.

B) técnica, pois utiliza termos científicos.

C) descontraída, pois simula uma conversa oral.

D) desrespeitosa, pois se critica a poesia da autora.

 

Questão 15

Leia um trecho da entrevista, atentando para os adjuntos adnominais e para os termos por eles determinados.

Que vivências foram as mais significativas para você desenvolver seu trabalho com Educação a partir da Literatura Negra?

Uma outra vivência literária que despertou em mim símbolos e significados relacionados a essas temáticas foram os saraus literários. Em específico o Sarau Elo da Corrente, onde aprendi, por meio da récita, o sentido da palavra nós. Desde 2007 esse encontro é produzido pelo Coletivo Literário Elo da Corrente que, prioritariamente, valoriza a escrita negra e periférica.

PRADO, Camila. Mãos pretas compartilhando saberes : Literatura, Memória e Identidades . Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br. Acesso em: 24 jul. 2023 (adaptado) .

Na passagem “uma outra vivência literária”, o adjunto adnominal “literária”

 

A) indica exemplos de vivência.

B) especifica um tipo de vivência.

C) intensifica o sentido de vivência.

D) expressa um juízo sobre a vivência.



GABARITO
1A
2A
3B
4D
5A
6D
7B
8C
9A
10D
11C
12C
13D
14C
15B

Gênero crônica esportiva

Exemplo:

Sada Cruzeiro: O melhor time de voleibol que o mundo

Cara, o Sada Cruzeiro está para uma piada dentro de campo. Quando disputa torneios, o time joga mal o primeiro e o segundo set; outrora, o terceiro e quarto set. Isso empolga torcedores adversários, narradores e comentaristas de voleibol, os quais torcem para que a hegemonia do Cruzeiro acabe o quanto breve possível. Durante uma transmissão de voleibol pela televisão, é possível ouvir os seguintes comentários: “Oh, é possível jogar de igual para igual com Sada Cruzeiro”, “Se jogar um pouquinho mais, é possível vencer o Sada Cruzeiro”, “O Sada Cruzeiro não é esse bicho-papão que todo mundo fala”.

Com os jogadores cruzeirenses “sem concentração” no jogo, logo vêm os 20 pontos do time adversário. O time do Sada Cruzeiro passa a perder de 20 a 12, 20 a 15, no primeiro, segundo, terceiro ou quarto set. De forma mágica, o time reage, parecendo que se conectou em 360 volts e vence os sets por 25 a 23, 28 a 26, 30 a 28. Neste momento, torcedores adversários, comentaristas e narradores ficam assustados quanto ao elevado nível de voleibol jogado pelo Sada Cruzeiro.

Em suma, o time do Sada Cruzeiro é uma máquina de jogar voleibol; ainda que isso seja apenas uma metamorfose do substantivo. Quanto joga sério, não importa se o time está a jogar no Riachão ou no campo dos adversários. Quando os jogadores deixam de lado a firula, que eles chamam de “desconcentração”, o time vence facilmente as partidas. Logo, é possível ouvir narradores, torcedores e jogadores adversários dizerem e pensarem: “Este time do Cruzeiro é uma maquina de jogar voleibol”, “Sada Cruzeiro joga demais, porque o time está há muitos anos junto”. Isso é verdade. No entanto, há outras assertivas. Verdadeiramente, não é à-toa que o Sada Cruzeiro é tricampeão sul-americano, bicampeão mundial e da copa do Brasil e tetracampeão brasileiro de voleibol.

Por Geraldo Genetto Pereira
Professor, escritor, blogueiro, youtuber.
Formação: Licenciatura e Mestre em Letras pela UFMG.

Crônica política ep. 6: não vai ter golpe

Exemplo:
Não vai ter  golpe: estamos de vermelho por isso

Hoje, dia 23 de março de 2016, conversando com petistas "roxos", digo vermelhos, ouvi as seguintes frases: 
- "NÃO VAI TER GOLPE. ESTAMOS DE VERMELHO REPRESENTANDO O POVO BRASILEIRO." 
Após ouvi-las, falei. 
- "vocês estão de vermelho representando a cara da maioria do povo brasileiro, que está vermelha de vergonha". 
No entanto, um continuou: 
- "NÃO VAI TER GOLPE". 
Concluí:
- "Não vai ter golpe até que se esgotem os recursos econômicos do Brasil". 
Não houve mais discurso correligionário. Apenas risos entre os que assistiam ao embate.


Por Geraldo Genetto Pereira
Professor, escritor, blogueiro, youtuber.
Formação: Licenciatura e Mestre em Letras pela UFMG.


Crônica social ep.4: seja um ex

Exemplo:

Seja um ex

“Eu era um bêbado. Eu era um sodomita. Eu era um ladrão. Eu era um pedófilo. Eu era um traficante. Mas aceitei Jesus. Aceitei Jesus. Na casa do Senhor não existe satanás. Xô satanás.” “As igrejas tão cheias de ex.” IGNORANTE! ZOMBA POR QUÊ? Os ex- podem ser seu pai, sua mãe, seu irmão, sua avó, sua tia. Será que você não tem prazer em ver seus entes queridos libertos das drogas, da sodomia? Deus exortou ao povo através do profeta Jeremias dizendo: “convertei-vos agora cada um do mau caminho, e da maldade das suas ações, e habitai na terra que o senhor vos deu.” O apóstolo Paulo foi taxativo ao dizer: “arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pegados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença de Deus.” E você ainda condena quem quer seguir o novo caminho, o da paz? Que Deus tenha misericórdia de você, da sua mãe, do seu filho, do seu pai, e não os permita que se tornem drogados, sodomitas, ladrões, pedófilos. Mas se isso acontecer, saiba que há órgãos, igrejas, como católicas e evangélicas, que lhe ajudarão a ser membro do grupo dos ex.

Por Geraldo Genetto Pereira
Professor, escritor, blogueiro, youtuber.
Formação: Licenciatura e Mestre em Letras pela UFMG.

7 ano - prova de português- gênero crônica

Leia.
    O velho padre, durante anos, tinha trabalhado fielmente com povo africano, mas agora estava de volta ao Brasil, doente e moribundo, no Hospital Geral de Brasília, é a notícia da hora. Já nos últimos suspiros, ele faz um sinal à enfermeira, que se aproxima. - Sim, Padre? - Eu queria ver dois proeminentes políticos antes de morrer, Renan Calheiros e o Sarney. - Sim, Padre; verei o que posso fazer.
    De imediato, ela entrou em contato com o Congresso Nacional e logo recebeu a notícia: ambos gostariam muito de visitar o padre moribundo. A caminho do hospital, Sarney diz a Renan Calheiros: - Eu não sei o porquê que o velho padre nos quer ver, mas certamente que isso vai ajudar a melhorar a nossa imagem perante a Igreja e ao povo, o que é sempre bom. Renan Calheiros concordou, pois era uma grande oportunidade para eles. Foi enviado um comunicado oficial à imprensa sobre a visita.
    Quando chegaram ao quarto, com toda a imprensa presente, o velho padre pegou na mão de Sarney, com sua mão direita, e na mão de Renan Calheiros, com sua esquerda. Neste momento, houve um grande silêncio e notou-se um ar de pureza e serenidade no semblante do padre. Renan Calheiros então disse: Padre, por que é que fomos nós os escolhidos, entre tantas pessoas, para estar ao seu lado no seu fim? O padre, lentamente, disse: - Sempre, em toda a minha vida, procurei ter como modelo o Nosso Senhor Jesus Cristo. - Amém. Disse Sarney. - Amém. Disse Renan Calheiros. E o Padre concluiu: - Então... Como Ele morreu entre dois ladrões, eu quero fazer o mesmo.
Autor desconhecido
Questão 1.Por que Sarney achou que o padre ajudaria a melhorar a imagem dele perante a sociedade
Questão 2. Quem estava preste a morrer? 
Questão 3.Em qual região do planeta o padre havia trabalhado antes de retornar ao Brasil?
Questão 4._Por que Sarney e Renan enviaram um comunicado à imprensa? Qual era o objetivo deles?
Questão 5.Por que o padre escolheu Renan e Sarney para estarem presente no seu fim de vida?
Questão 6.Como se chama um texto que fala da realidade, ainda que de forma ficcional?
( ) Crônica 
( ) Fábula 
( ) Conto
( ) Reportagem.
Questão 7. O texto é um elogio ou uma crítica aos dois políticos? Por quê?

Miniconto: ep. 8: Noite de Carnaval

Estava uma noite de luar, quando eu a vi chegar. Havia uma vasta imensidão vazia no espaço do meu coração quando a conheci.. Estava eu sonhador, quando você se apresentou. Estava eu completamente apaixonado quando estava você do meu lado. Que menina! Que loura! Que gata! Que sucesso eu e você naquela praça. 

Você é linda, uma beleza maravilhosamente explícita; atraente, quente, contundente, era uma lareira para meu coração. Naquela noite, você era minha emoção, paixão, uma flor ainda embutida no botão. Era gata a passear pelo meu jardim do amor. Certamente, conhecê-la foi um sonho tornando realidade, vê-la novamente será minha felicidade. O seu olhar me encantou, hipnotizou totalmente; sua boca me dominou; seus beijos não ficaram por menos, me fascinaram. Isso me diz que eu a quero muito, menina. 

Marlene é o seu nome; que se tornou música para minha audição, pois, é o nome da gata que abalou meu coração. Você é como uma luz que na escuridão iluminou coração e fez meu jardim da fantasia brilhar.

Não sou eu capaz de prever o futuro, mas juro que para tê-la de novo vou trabalhar duro, nem que seja necessário que para meu coração contrate um seguro. Menina, pense em alguém tão encantado por você; pense em alguém que ficou por um milésimo de tempo contigo e que jamais vai te esquecer. A verdade é que você foi e será a menina das meninas, foi e será meu sonho que ser aproxima. 

Se ficar com alguém naquela praça não significa nada, saiba que você mudou essa situação e ocupou o meu coração a ponto de fazer- me apaixonar.

Por Geraldo Genetto Pereira
Professor, escritor, blogueiro, youtuber.
Formação: Licenciatura e Mestre em Letras pela UFMG.
Escrito em 07/02/1993

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