Noviço poeta ep. : Amor de traição

Meu amor comeu pimenta,
Pensando que não ardia
E ficou com a minha melhor amiga,
Achando que eu não sabia.

Vai pensamento, vai sem parar;
Diga a ele para vim me buscar;
Ele percebeu que estava agindo sem raciocinar,
Por isso, veio me buscar.

Chegou com seu lindo cavalo branco,
Que estava amarrado ao lado de um barranco

Em seguida, fomos cavalgando,
Com um destino a buscar;
Só nós dois,
Cheio de amor para dar

Espero que em nossa caminhada,
Não mudemos a nossa decisão
E possamos viver eternamente está paixão.

Liliane Ferreira dos Reis - Ensino Médio

Turismo ep. : Santa Luzia, terra de belezas barroca

A história do município originou-se com aventureiros que em busca de riquezas, descobriram Santa Luzia. Tudo começou, em 1692, durante o ciclo do ouro. Uma expedição dos remanescentes da bandeira de Borba Gato implantou o primeiro núcleo da Vila, as margens do rio das Velhas, no garimpo de ouro de aluvião. Com a enchente do rio, o pequeno vilarejo mudou-se para o alto da colina, onde, hoje, é o Centro Histórico da cidade. Em 1697, ergueu-se o definitivo povoado, que recebeu o nome de Bom Retiro. Mais de 150 anos depois, em 1856, o povoado foi emancipado e desmembrado de Sabará e a partir de 1924, passou a se chamar Santa Luzia.

Com o fim da exploração do ouro, Santa Luzia tornou-se um importante centro comercial, ponto de parada dos tropeiros que vinham negociar e comprar mercadorias. Na rua do Comércio, no bairro da Ponte, existia um porto para os barcos que navegavam pelo Rio das Velhas, transportando mercadorias comercializadas em Minas Gerais. Assim, Santa Luzia passa a ser um ponto de referência do comércio, cultura e arte. O Distrito de São Benedito, na década de 50, começou a ser povoado. Mais tarde foram construídos, no local, grandes conjuntos habitacionais o Cristina e o Palmital e ocorreu a expansão do comércio.

CIDADE IMPERIAL
O imperador D. Pedro II, em visita a Santa Luzia em 1881, ficou hospedado no Solar da Baronesa, um centro de referência social e cultural do século XVI, localizado na Rua Direita, no Centro Histórico. A visita foi registrada, pelo imperador, através de desenho de um trecho do centro histórico da cidade. Esse desenho foi a prova histórica que concedeu ao município o título de cidade imperial. 

Turismo ep. : Praia Geribá - Armação de Búzios - Rio de Janeiro

A praia de Geribá é uma das mais famosas praias do balneário de Búzios, no litoral do Estado do Rio de Janeiro. Seu nome vem da palmeira Jerivá, nativa da Mata Atlântica.

Com dois quilômetros de extensão, Geribá é a mais frequentada praia de Búzios. Em sua orla destacam-se belas residências de veraneio, pousadas e bares. Cercada por rochas e lindas casas encravadas entre as pedras.

Com areia fina e branca e mar agitado, é excelente para a prática do surf (com esquerdas e direitas quebrando em toda a sua extensão), bodyboard, futebol de areia, windsurf, vôlei de praia, wakeboard, vela e caminhada, tornando-se o ponto de encontro preferido dos jovens. É lugar de gente bonita e famosa.

Geribá fica distante cinco minutos de carro do centro de Búzios (em dia de tráfego normal) e divide as atenções dos turistas com as outras 22 praias da península que combina a simplicidade de uma antiga vila de pescadores com a sofisticação da arquitetura de casas, pousadas e restaurantes.
Assista ao vídeo.

Por Geraldo Genetto Pereira
Professor, escritor, blogueiro, youtuber.
Formação: Licenciatura e Mestre em Letras pela UFMG. 





Noviço poeta ep.: O restaurante do tédio

Estava na rua jogando bola
Quando avistei uma carambola,
Mas preferi comer uma caçarola.

Quando fui jantar, só tinha ingá;
Por isso, peguei o dinheiro
E fui no restaurante me alimentar,
Mas lá não tinha refrigerante.

Ai fiquei ainda mais boladão,
Porque no restaurante não tinha macarrão.
Por fim, para aumentar minha tristeza,
Não tinha frango a milanesa.
Vinicius da Costa - Ensino Médio

Noviço contista ep. : História estranha, garota!

Uma menina, que se chamava Márcia, morava com a família em uma pequena cidade do sul do Pará. Ela crescia e ficava mais bonita a cada dia. Os anos passavam e passavam... e, finalmente chegara o aniversário tão esperado por essa garota, o aniversário de vinte e um anos de idade. Ele seria importante porque Márcia sempre almejou a emancipação dos pais.

No dia da festa, Márcia estava mais bonita do que nunca. Havia vários convidados e, entre eles, um primo que ela não o via há muitos anos. Esse era um rapaz bonito e formoso, conhecido pelo nome de Marcos. Um homem sonhador e trabalhador. Quando os dois se olharam, parecia que o vento soprava um ao encontro do outro. Foi amor à primeira vista. Mas o que eles não sabiam é que esse amor perpassaria pelo não-consentimento do Coronel João. A festa estava muito animada. Juntos, os dois dançaram a noite inteira.
Conversavam o tempo todo. Não se separaram em nenhum momento da festa. Pareciam velhos namorados.

No dia seguinte, os dois foram passear na praça principal da cidade e assim descobriram que estavam apaixonados. Todos os dias iam a essa praça. O pai de Márcia estava meio desconfiado do relacionamento dos dois jovens e resolveu investigar o casal, sem contar a ninguém.

Em uma sexta-feira, Marcos e Márcia foram caminhar à beira do rio Caliz; e, conversa vai e conversa vêm. De repente Marcos roubou um beijo da Márcia. O Coronel João chegou e os abortou no mesmo instante e mandou que Márcia fosse para a casa. Proibiu o Marcos de sair com a jovem.

Em casa, Márcia insistiu com o pai para que a deixasse namorar o primo. Revoltado com a atitude da filha, o coronel trancou a garota no quarto. Horas depois, a menina saiu pela janela e foi ao encontro do rapaz. Ao vê-la e ouvi-la sobre o que o pai lhe fizera, o rapaz ficara ainda mais apaixonado. Logo pediu a mão da moça em casamento. Ela aceitou o pedido. Foram à igreja e agendaram o dia do casamento, mas não contou nada aos pais. Queriam casar-se e fugir para bem longe da família.

Chegou o dia do casamento e a garota se vestiu com o vestido de noiva que alugara em uma loja próximo à igreja. Era um vestido branco, muito lindo como a noiva. Mas o coronel descobriu que a filha ia se casar às escondidas e foi à igreja no horário marcado para o casamento. Quando chegou ao templo, obrigou a moça desistir do casamento e a pediu que retornasse para casa. Márcia, revoltada com a atitude do pai, desceu correndo pelas escadarias da igreja e chegou a uma movimentada avenida da cidade, local próximo a sua casa. De repente, um carro apareceu em alta velocidade e atropelou a jovem. A moça foi socorrida, mas morreu antes de chegar ao hospital. Seu pai, ao saber da tragédia, sentiu-se culpado e o noivo, ao tomar conhecimento do que ocorrera à Márcia, não suportou a angustia da perda, correu até o local da tragédia e se suicidou, no mesmo lugar em morrera a noiva.

O coronel sofreu por muitos anos o peso da culpa pela morte da filha. Diz, a vizinhança, que até hoje o espírito de Márcia e de Marcos assombram a casa do Coronel. Pessoas que passam por aquele local
afirmam que é possível ouvir os noivos gritando:
—Coronel, eu vim te buscar!!!!!!!!!!!

Jéssica Maiara da Cruz – 8ª série.

O anjo linguarudo - Exercícios

Questão 1.
A história começa quando o narrador, Felipe, conta como era sua vida no PARANÁ. Vamos relembrar?

a) Em que trabalhavam seus pais?
__________________________________________________________________

b) Como era a vida do menino?
__________________________________________________________________

Questão 2.
Depois da enchente, a vida do menino sofreu mudanças muito rápidas. Como e por que Felipe se separou dos pais (antes de eles morrerem)?
__________________________________________________________________________

Questão 3.
Por que Felipe acha que tem que ser um anjo na casa de Samuel?
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Questão 4.
Por que Raquel fica chateada com Geraldo?
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Questão 5. 
O que Raquel dá a Geraldo?
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Questão 6.
Após delatar seus amigos, eles passam a perseguir Felipe. Cite 2 maldades feitas por eles a Felipe?
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Questão 7. Como a empregada de Tio Samuel tratava Felipe?
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Questão 8. 
Que maldades a empregada fazia com Tio Samuel tratava Felipe?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
 
Questão 9.
Por que Felipe vai embora da casa de Samuel? Eles se reconciliam? Como?
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Por Geraldo Genetto Pereira
Professor, escritor, blogueiro, youtuber.
Formação: Licenciatura e Mestre em Letras pela UFMG.

A vida íntima de Laura - exercícios

O texto que você vai ler a seguir conta a história da vida íntima de uma galinha chamada Laura. O livro conta que ela é casada com o galo Luís, é a galinha que mais bota ovo no galinheiro de dona Luísa, tem o pescoço mais feio do mundo, tem muito medo de ir para a panela e não é muito inteligente.
 vida íntima de Laura

[...]
Um dia ela (Laura) sentiu que ia ser mãe de novo. Cacarejou depressa a novidade para Luís. Luís parecia que ia estourar de tanta vaidade de ser de novo pai. Bem sei que todo ovo nasce. Mas aquele ia ser uma beleza. Era um ovo todo especial.

Até que uma noite Laura sentiu que o ovo estava pronto para nascer. Como é que ela sentiu? Desculpe, não sei, porque nunca fui galinha na minha vida. Ela estava até dormindo e acordou sentindo o ovo nascendo dela.

Viva o meu filho! Foi assim que Luís cantou. Embora fosse meia-noite, a notícia era como se o Sol brilhasse. No galinheiro brilhava aquele lindo ovo branco. Laura toda satisfeita, esfregou suas penas com o bico para alisar-se, igual como a gente penteia os cabelos. Porque ela é muito vaidosa e gosta muito de estar bem-arrumada.
[...]
ou contar uma coisa meio enjoada de se contar. É o seguinte: sabe que a galinha tem um cheiro um pouco chato? Parece cheiro de cesto de roupa suja ou de quando a gente não toma banho todos os dias. Não é cheiro limpo não. Então embaixo das asas é aquela morrinha. Mas não faz mal. Todas as coisas têm mesmo um cheiro, não é? Você cheira bem? Cachorro é que gosta de viver cheirando tudo. O que eu queria saber é quem ensinou o galo a cantar de madrugada. Tem gente que se aproveita do canto como despertador para se acordar.

Ela ia dizer assim, por exemplo : “você sabe que uma coisa vermelha é vermelha?” e você respondia: claro que é, pois se você já está dizendo.
Talvez ela pudesse explicar que gosto tem minhoca. Mas não é fácil explicar o gosto que se tem na boca. Por exemplo: experimente explicar o gosto de chocolate. Viu como é difícil? 
É gosto de chocolate mesmo. [...]
LISPECTOR, Clarice, A vida íntima de Laura.

Questão 01.
Pesquise e escreva, nas linhas abaixo, a biografia de Clarice Lispector.

Questão 02.
Laura e Luís são os personagens principais da história. Onde eles vivem?

Questão 03.
Explique como o galo Luís reagiu ao saber que seria pai novamente.

Questão 04.
Releia o trecho a seguir e responda às questões abaixo.

“Viva o meu filho! Foi assim que Luís cantou. Embora fosse meia-noite, a notícia era como se o Sol brilhasse.”

a) Laura botou o ovo à noite ou durante o dia? Como é possível saber essa informação?

b) O Sol estava brilhando quando o ovo nasceu? Explique o uso da expressão “ era como se 
o Sol brilhasse.”

Questão 05.
Depois de botar o ovo, Laura ficou satisfeita e esfregou seu bico nas penas. Por que ela fez isso?

Questão 06.
Chama-se narrador aquele que conta a história. Quem realiza as ações na história é chamado de personagem. No segundo parágrafo, quem pede desculpas por nunca ter sido galinha? Assinale a resposta correta.

( ) A personagem Laura                                  ( ) O narrador.

Questão 07.
Apesar de ser vaidosa, Laura não cheirava bem. Em sua opinião, por que isso acontece?

Questão 08.
Observe a capa do livro A vida íntima de Laura. Na sua opinião, por que o livro tem esse título?

Por Geraldo Genetto Pereira
Professor, escritor, blogueiro, youtuber.
Formação: Licenciatura e Mestre em Letras pela UFMG.

Noviço contista ep. : Raquel, menina de sorte

Raquel era uma menina estudiosa, simpática e feliz. Ela era muito animada e extrovertida. Aos treze anos de idade já imaginava a sua festa de quinze anos. Tinha o desejo de que a festa fosse um marco na sua adolescência e por isso iria convidar muitos colegas da escola e da comunidade em que morava. No dia da festa haveria muita música e ela ganharia muitos presentes. Imaginava. Á meia noite, ela dançaria uma valsa com um convidado especial. Havia um probleminha: os pais de Raquel não tinham dinheiro para realizar o sonho dela.

Quando faltavam duas semanas para o aniversário de quinze anos, Raquel descobriu que havia a impossibilidade da festa. Isso a deixou muito triste e mal-humorada. Essas características afloraram ao rosto da garota a ponto das colegas, da comunidade, descobrirem que os pais de Raquel não tinham condições financeiras para promoverem a festa. Assim, as colegas tiveram uma ideia: fazer uma festa surpresa para a amiga. Então começaram os preparativos para tal festa. Elas começaram a arrecadar dinheiro para realizar o sonho da Raquel. Saíram pelas ruas a pedir ajuda à comunidade. Diziam que fariam uma festa conforme o
desejo da amiga.

Os preparativos ocorreram conforme o esperado; então chegou o dia da festa. As colegas de Raquel já não suportavam mais a ansiedade de ver no rosto da amiga se transbordando de alegria e desaparecerem, de usa só vez, a tristeza e o mau humor. O dia estava perfeito. A noite estava maravilhosa, essa parecia que tinha se

Às oito horas da noite, Raquel chegou à casa muito cabisbaixa. Observou que tudo está muito calmo. Parecia que seus pais dormiram mais cedo do que o normal e se esqueceram de que aquele dia era o dia do seu aniversário. Ao tocar a campainha; acenderam-se as luzes; fogos de artifícios começaram a explodirem e muito barulho ouviu-se dentro e fora da casa. As amigas de Raquel haviam preparado uma linda festa.

Ao adentar ao portão, a garota ficou imóvel, assustada e sem palavras. Havia recebido das amigas uma festa conforme o seu sonho. Percebeu que era uma garota de sorte, pois tinha ao seu lado pessoas que realmente se importavam com os sentimentos dos outros e que não mediram esforços para realizarem um sonho que nem era seus. A homenagem marcou a Raquel para sempre e, segundo ela, nunca mais ouviu falar de um aniversário de quinze anos tão emocionante quanto fora o seu.

Gislaine Pereira da Silva - 8ª série.

Noviço contista ep. : O vício

 Esta é uma história difícil de acreditar. Para muitos, um nascimento é igual a outro qualquer, mas não, cada vida tem um começo e um fim, assim como uma história. Um menino nasceu para a felicidade da família Silva, moradores da periferia de Belo Horizonte – a verdade é que eles moram em Justinópolis, Ribeirão das Neves, mas não aceita esse endereço e falam que moram em Belo Horizonte. Eles são de classe baixa, ou seja, pobres. Após o nascimento desse menino, que o nomearam por Wesley Dias da Silva, e todos ficaram mais felizes e encantados com a  beleza dele. Porém, a felicidade da família durou poucos anos. Enquanto curtiam a criança, os pais dele não imaginavam o que os deuses reservavam para eles. Não imaginavam o sofrimento pelo qual iriam passar.

Aos quatorze anos, Wesley começou a usar drogas. Eram drogas lícitas, na verdade, mas não deixavam de serem drogas. Os pais descobriram que o adolescente usava cigarro e bebia muita cerveja. Para os vizinhos da família Silva, isso não era novidade, pois há muito tempo eles haviam observado que o garoto era um frequentador assíduo de um bar próximo à escola onde ele estudava. Quando se trata de drogas, a família sempre é a ultima a saber. A descoberta foi como uma surpresa. A noticia de que Wesley praticava o uso de drogas os deixou tristes, uma vez que o garoto não era um menino rebelde e nem dava trabalho a ninguém.

O tempo passou. Wesley casou-se com Anne Valter. Ela não se importava com o vício do marido, porém Wesley tinha consciência de que já não tinha a mesma saúde dos anos atrás. Ele resolveu buscar auxílio de um medico, pois temia que estivesse com alguma enfermidade incurável, uma vez que os problemas de saúde só pioravam. Assim começou a temer a morte.

Passaram-se uns meses e para a felicidade e tristeza de Wesley recebera duas notícias: uma dizia que a mulher estava grávida e que aos vinte e quatros anos de idade ele seria pai pela primeira vez. A segunda veio por intermédio do médico. Esse lhe informou que estava com câncer na laringe e tinha poucos anos de vida.  A esta altura dos acontecimentos, o correto seria afirmar que o rapaz parou de fumar, mas contrariando as expectativas, ele continuou a alimentar o vício.

Passaram-se mais alguns meses e nascera o filho de Wesley. Ele recebeu o nome de Wesley Junior. Porém a alegria maior é que Wesley, o pai, continuou a vencer os desafios impostos pela morte. Porém, no dia  vinte e quatro de dezembro de mil e novecentos e noventa e três, aos trinta anos, o rapaz sofre a pior crise relacionada a doença e é levado ao hospital. O estranho é que os vizinhos imaginavam que ele havia se curado, pois estava com boa aparência, forte e bonito, isso fazia com que as pessoas pensassem que o rapaz havia vencido o câncer. A esposa de Wesley permaneceu ao seu lado todo o tempo em que estava internado. Ela não perdia a esperança de que o seu marido recuperasse a saúde. O Juninho, filho do Wesley, também acompanhou o tratamento do pai. Ele já estava com nove anos e sofria, junto com a mãe, vendo a debilidade da saúde do pai.

Passaram-se mais três anos e o estado de saúde de Wesley parecia alterar para melhor. Já se falava em retorná-lo a casa quando houve uma mudança radical no seu estado de saúde. Ele emagreceu subitamente e no lugar da cabeleireira restaram, apenas, algumas mechas de cabelo, o que mostrava a todos que a saúde do moço estava no fim. Por incrível que pareça, ele continuou a fumar. O vício o sufocava. Naquele estado desesperador, ele teve uma ideia: pediu a equipe médica para chamar a televisão, para que ele pudesse fazer um apelo aos jovens; desejava que eles não prosseguissem o caminho que ele trilhara. No seu leito de morte, conseguiu gravar um apelo. Nesse, pedia ao povo que observassem o seu estado físico. Clamava aos jovens que não se deixassem levar pelas alegrias de usar de qualquer tipo de droga, pois essa alegria é momentânea e é causada pelo efeito da droga. Mesmo que o vício fosse por drogas lícitas, o resultado é sempre a doença e a morte.

Passaram-se três dias. Às sete horas da noite de uma sexta feira, treze de setembro, Wesley dá seu último suspiro. Ele fecha os olhos e morre. Assim, o rapaz entra para a história como uma das personagens que se deixaram levar à morte pelo vício do cigarro.

Leonardo Nunes Camargos – 8ª Série.

Como produzir o gênero resumo?

“Resumo é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos contidos no texto". (Fiorin)

Resumir um texto é compreender o que se está lendo, é selecionar e reorganizar o conjunto das ideias mais importantes apresentadas no texto original, , de maneira breve e objetiva, sem criar um novo texto e sempre mantendo a coerência do conteúdo proposto Apesar de fazermos isso a todo momento, ao comentar a parte mais importante do capítulo da novela que assistimos ou ao citarmos apenas o assunto principal de uma entrevista ou jornal televisivo, esse é um trabalho que, na escrita, exige uma leitura eficaz, em que o leitor consiga identificar as palavras-chaves que representem a ideia central presente na estrutura de cada parágrafo.

Entre os tipos de resumos podem ser citados três tipos principais: o resumo indicativo, o resumo informativo e o resumo crítico. O resumo indicativo também pode ser denominado descritivo. Esse resumo é constituído de frases curtas, que descrevem as partes principais do texto, sem que dispensar a consulta do texto original.

O resumo informativo é um dos mais usados. Na elaboração desse resumo é incluído muito mais informações em relação ao anterior, tendo por finalidade suprir a leitura do texto original, informando ao leitor as ideias, os argumentos e conclusões do autor do texto original, mantendo-as coerentes e na sequência das ideais originais, sem perder a característica do gênero, a condensação.

Por último temos o resumo crítico, no qual segue as características do resumo informativo, no entanto se diferencia ao permitir ao leitor integrar suas próprias ideias, no final do seu resumo. Sem fugir do texto original, o resumista pode fazer uma crítica sob o conteúdo apresentado no texto, se limitando a não fazer citações. Em vista dessa característica, que permite ao leitor se posicionar a respeito do texto esse gênero pode ser facilmente confundido com a resenha crítica, a diferença entre eles se dá pela resenha poder expandir, buscando novas opiniões e citações de outros autores.

No entanto, o ensino equivocado da redação desse gênero e maus hábitos de leitura podem comprometer a base de um bom resumo, o entendimento das ideias principais. Enfim, redigir resumos não é difícil, mas necessita de uma leitura atenciosa. Habituar-se a fazer uma leitura proveitosa e selecionar as ideias principais exige treino por parte do leitor que irá fazer o resumo. Esse gênero textual pode ser visto, pelo aluno desde o ensino fundamental até o ensino superior, como um aliado prático para o estudo objetivo e econômico no tempo que permite uma aprendizagem eficaz se bem elaborado.

CLASSIFICAÇÃO (NBR 6028) 
  • RESUMO CRÍTICO: Redigido por especialistas com análise crítica de um documento. Também chamado de resenha. Quando analisa apenas uma determinada edição entre várias, denomina-se recensão.
  • RESUMO INDICATIVO: Indica apenas os pontos principais do documento, não apresentando dados qualitativos, quantitativos etc. De modo geral, não dispensa a consulta ao original.
  • RESUMO INFORMATIVO: Informa ao leitor finalidades, metodologia, resultados e conclusões do documento, de tal forma que este possa, inclusive, dispensar a consulta ao original.
O que o autor (a) deve focar no Resumo?

Escrever sua apresentação de maneira realmente resumida, objetiva e clara na abordagem do conteúdo do texto, destacando-se os aspectos de maior interesse e importância. Deve ser escrito de forma impessoal, na terceira pessoa ou utilizando o verbo na voz ativa.

Impessoalidade: elaboração do texto utilizando-se de preferência a terceira pessoa no singular e verbo na voz ativa (sabe-se, entende-se, recomenda-se).

Mas, isso é algo que já foi definido por você no início do seu trabalho, lembrasse?

Já fez todo o seu trabalho na terceira pessoa ou na voz ativa, então, apenas vai fazer o mesmo no Resumo.

Qual a Formatação Resumo nas Normas da ABNT?

O Titulo no topo da página, respeitando a fonte escolhida pelo autor (a) desde o início do trabalho (Arial ou Times New Roman).

Tamanho da fonte 12, todo em maiúsculo, Negritado com alinhamento do texto Centralizado.

O texto fonte tamanho 12, sem recuo na primeira linha do parágrafo e o espaçamento entre linhas é simples.

Palavras-Chave

Após fazer o seu Resumo acrescente as palavras-chave que têm por objetivo dizer aos leitores do seu trabalho qual foi o foco principal dessa sua pesquisa.

As palavras-chave devem ser separadas do texto por um espaço de 1,5 entre linhas e as palavras devem ser separadas por um espaço e ponto. Ex.:
Palavras-chave: Motivação. Conhecimento. Sucesso.

Assim, para auxiliá-lo nessa tarefa, segue abaixo passo a passo para realização de um resumo:

Leia atentamente o texto original: a leitura atenta e calma é muito importante para começar essa tarefa e assim se familiarizar com o tema ou o assunto que se trata. Não adianta passar os olhos e querer resumir qualquer informação. Se necessário, leia novamente. Aliás, um resumo pode ser mais longo (se for de um livro), médio ou curto.

Marque as principais ideias do texto: Depois de lido, você deverá marcar as ideias principais de cada parágrafo. Mas, cuidado para que não fique muito extenso. Por exemplo, se for fazer um resumo de um livro, fica impossível resumir cada parágrafo, por isso, pense em resumir os capítulos.

Sublinhe as palavras-chave: Da mesma forma que a etapa acima, você deve pensar nas principais palavras do texto para fazer o resumo. Todas elas devem fazer parte do texto produzido. Geralmente cada parágrafo apresenta uma palavra-chave.

Poder da síntese: sintetizar o texto pode não ser fácil, mas depois de organizar as principais ideias, escreva de modo claro e coeso. Fique de olho no tema e na conclusão oferecida pelo autor do texto.

Coesão e coerência: para que um texto seja considerado bom, a coesão e a coerência são dois recursos básicos e deveras importante na produção de textos. Assim, a coesão está intimamente relacionada com as regras gramaticais e o bom uso dos conectivos. Por isso, se não souber o significado de uma palavra procure no dicionário sua concepção ou evite usá-la. Por conseguinte, a coerência implica a lógica e o contexto em que está inserido o texto. Lembre que o resumo não é um emaranhado de frases soltas, ele precisa fazer sentido para o leitor.

Leitura final: Depois de produzido, é muito importante fazer uma leitura final do resumo e comparar se as ideias sublinhadas estão todas contidas no texto. Por isso, tenha cuidado com as ideias secundárias, o que pode tornar seu texto prolixo ou extenso. Para facilitar essa etapa, leia o texto em voz alta ou para um amigo. Se ele compreender tudo, o seu resumo está pronto.

Citar a fonte: É muito importante indicarmos de onde surgiu nosso resumo, ou seja, os dados do texto que estamos resumindo: autor, obra, páginas, capítulos, editora, ano de publicação, dentre outros. Geralmente esse tipo de informação é mais utilizada nos textos acadêmicos sendo chamada de bibliografia.

Para se realizar um bom resumo, é necessário ter em conta alguns aspetos, seguindo a seguinte ordem:
  • Ler calmamente todo o texto para descobrir do que se trata;
  • Reler uma ou mais vezes o texto, sublinhando frases ou palavras importantes;
  • Distinguir ideias principais de informações acessórias;
  • 4. Observar as palavras que fazem a ligação entre as diferentes ideias do texto, por exemplo, "por causa de", "assim sendo", "além disso", "pois", "por outro lado", "do mesmo modo";
  • Fazer o resumo de cada parágrafo, porque cada um apresenta uma ideia diferente;
  • Ler os parágrafos resumidos e observar se há uma estrutura coerente, ou seja, se todas as partes estão bem encadeadas e se formam um todo.

Resumo 1

Solo e bem acompanhada O segundo CD-solo de Paula Toller, SÓNÓS (Warner), é uma surpresa boa. Um disco autoral, mas que não soa Kid Abelha em nenhuma faixa. Seu mérito é apresentar compositores gringos importantes que são totalmente desconhecidos por aqui. O principal deles é Rufus Wainwright, que emprestou sua faixa “Vicious World” para a versão “Tudo se Perdeu”, de Paula Toller, a melhor do disco. De usual, a mesma e doce voz da diva de 44 anos. E, finalmente, sem desafinar!

Resumo 2

O conto "A terceira margem do rio", publicado no livro Primeiras Estórias, em 1962, de Guimarães Rosa que aborda a forte presença do regionalismo mineiro, além disso, busca demonstrar a invenção linguística com originalidade para melhor retratar a vida do homem ribeirinho presente na narrativa. Desse modo, Guimarães Rosa é um dos progenitores renovadores da língua literária, entre os autores brasileiros do século XX.

REFERÊNCIAS:
CEREJA, William; COCHAR, Thereza. Texto & Interação: uma proposta de produção textual a partir de gêneros e projetos. Editora Atual. 3ª Ed. rev. e ampl. São Paulo, 2009.
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da metodologia científica. Editora Atlas. 7ª Ed. São Paulo, 2010.
RODRIGUES, Janete de Páscoa. Introdução a metodologia científica – Módulo 1. Editora UFPI (Universidade Federal do Piauí). Teresina, 2012.

Por Geraldo Genetto Pereira
Professor, escritor, blogueiro, youtuber.
Formação: Licenciatura e Mestre em Letras pela UFMG.

Noviço poeta ep. : Um noviço na igreja

Padre novo na igreja;
Seu espaço a procurar;
Chegou com sua mala
E foi logo se instalar.

No domingo, ele se arrumou
para a missa realizar;
Ansioso, estava não,
Aguentava esperar.

E assim que iniciou a missa
Foi logo se apresentar:
Eu sou o padre José de Anchieta
E a sua vida vou livrar do capeta.

                                                                                     Magno Eliezer de Azevedo - Ensino Médio

"O Rei Artur vai à guerra" -exercícios

Sinopse: Alberto é um menino que vai se mudar de Três Rios para Manacá da Serra, para continuar seus estudos em um internato. No tempo que antecede sua partida, acompanhamos sua rotina na cidade, com os amigos e com a família, que incluem brigas entre turmas rivais, matinês de cinema, apostas com o amigo Euclides em torno das aventuras de uma heroína da selva em um seriado exibido semanalmente, muitas leituras, a escrita de poemas e a ideia para um romance. Em meio a tudo isso, a disputa permanente com Norato, um menino hábil no manejo do bodoque, e um encontro que acaba se tornando um divisor de águas na vida do protagonista. 

Ruy Espinheira Filho. O rei Artur vai à guerra.

01) Justifique o título dado ao livro, mencionando se ele foi ou não bem empregado:

02) Como Alberto, o protagonista da história, é apresentado no livro? Qual a sua impressão sobre esse personagem? 

03) O protagonista se inspira nas histórias do Rei Arthur, da Távola Redonda. Você conhece essa história? Assim como Alberto, como você poderia contar algo ocorrido em sua vida que fosse semelhante à história original?

04) Por que essa intertextualidade foi importante para a história do livro?

05) Por que Alberto, mesmo arredondando sua nota para 7,0, não foi suficiente? Quem costumava fazer pouco caso dele? 

06) Você concorda com Alberto que poesia "não podia rimar só por rimar"? Por quê? 

07) Explique a comparação feita no livro: "O vento uivava como cem lobisomens":

08) O que a vó de Alberto considerava uma "mistura mortal"? O que isso revela?

09) Em quantos capítulos a história do livro é dividida? Resuma rapidamente cada um deles: 

10) O que você achou das escolhas dos nomes dos capítulos? De qual deles você mais gostou? Justifique sua resposta: 

11) Que amigo de Alberto colecionava revistas em quadrinhos? Esse tipo de leitura também tem seu valor? Comente: 

12) Alberto diz que com revistas em quadrinhos não se aprende nada. Só com livros. Você concorda com essa afirmação dele? Por quê? 

13) Em um dado momento do livro, Alberto diz que "Pra vencer, todo exército precisa de uma boa estratégia". O que você pensa sobre isso? Explique: 

14) Com que intenção foi utilizado o recurso de separar por sílabas a palavra NE-FE-LI-BA-TA?

15) O que significa essa palavra? Você já a conhecia? 

16) O livro retrata acontecimentos na vida de um pré-adolescente nos anos 50. Escolha um trecho que tenha chamado sua atenção (de forma positiva ou negativa) e comente: 

17) Quem você achou mais inteligente: Alberto ou Euclides? Comprove com passagens do livro: 

18) A história do Rei Arthur se passa na Idade Média, em que as famílias eram identificadas por escudos. Crie um que represente a sua família: 

19) De que parte do livro você mais gostou? Por quê? 

20) Como o livro não tem nenhuma ilustração, aproveite para escolher uma passagem de que tenha gostado muito para ilustrar: 

21) Que mensagem o livro transmitiu? Comente: 

22) Que nota, de 0 a 10, você daria ao livro? Justifique sua resposta: 

Noviço poeta ep. : A rainha se foi

Você entrou com tudo na minha vida,
Sem dó de me machucar;
Deixando muita dor,
Você se foi para nunca mais voltar.

Você entrou e saiu sem se importar;
Não quis saber se ia me magoar;
Você dominou todo meu sentimento
E depois arrombou meu pensamento;

Agora, eu não sei o que fazer;
A rainha, tenho que esquecer;
Mas sinto tanta dor
Que gostaria de te esquecer;
E nunca ter te conhecido,
Pra jamais sofrer.

Tudo seria fácil,
Se eu pudesse apertar o botão;
E apagar você de vez
Do meu coração.

Agora, eu me despeço,
Com muita dor,
Da rainha que foi
E nunca mais voltou.
                                                Delric Lucas Bento Jesus Ferreira. Ensino Médio

Noviço poeta ep. : Exista Amizade Verdadeira

O momento em que eu te conheci,
Foi a melhor coisa que já aconteceu;
Você logo se tornou especial,
Nossa amizade cresceu.

Seus abraços,
Para me animar,
São tão especiais,
Que não dá vontade de te largar.

Quando estou triste,
Seu sorriso é como raio de sol
Ilumina meu dia
E me enche de alegria.

Não vou falar quem é,
Mas uma coisa eu digo,
Que a melhor coisa que existe,
É ter um amigo

                            Filipe Costa Toledo. Ensino Médio.

Noviço contista ep. :A raposa

 Era uma vez eu. Alguém já me conhece? Eu sou uma raposa e me chamo Léo. Posso dizer que sou o melhor, pois é isso que todos dizem de mim: que sou esperto, rápido, muito ágil. A verdade é que eu gosto de correr no quintal da fazenda, o qual é muito grande e tem muitas árvores frutíferas, como macieira, figueira, limoeiros, etc. Porém há um probleminha: todos os moradores da fazenda dizem que eu sou esquisito, pois sou uma raposa de pele marrom e as outras têm a pele bege. Minha dona se chama Paula e é muito legal, pois me trata como se eu fosse filho dela. Paula cuida de mim desde os meus primeiros vinte e um dias de vida. De vez em quando, ela conta como me encontrou. Disse que foi assim: era sete de setembro de 2001. Ela estava fazendo sua caminhada de sempre para colher verduras no outro lado rural da cidade. E andava tranquilamente com sua cesta nas mãos quando ouviu um choro e pensou que o barulho fosse de um bebê. 

A senhora saiu correndo em minha direção e quando chegou perto de mim teve uma surpresa: descobriu que eu era uma raposa e não uma criança. Ela me contou que eu estava com a pata esquerda muito machucada e que parecia que eu havia escapado de uma armadilha ou havia sido resgatado por alguém de uma arapuca e abandonado naquele local. O certo é que eu já não mais me lembro de como foi que eu fui parar naquele lugar todo machucado. O certo é que alguém me deixou todo machucado no meio daquele mato e ela me resgatou, levando-me para sua casa.

Hoje eu estou com dez anos e me lembro de quando eu ainda era pequeno e praticava muitas travessuras. Uma vez eu saí no meio da madrugada e fui andando...andando... até que me perdi. Fiquei três dias e três noites perdido na cidade. A Senhora Paula procurou... procurou e me encontrou andando pelas ruas da cidade completamente atordoado. Ela me jogou um laço no pescoço e me levou para casa, novamente. Devido isso, eu aprendi a lição e desde aquele dia eu nunca mais aprontei.

Esta é minha história, crianças. 

João Victor dos Reis Martins – 9º ano.

Noviço contista ep. : Quase Iguais

Era uma vez um gato chamado Amor e um sapo chamado Doddy, os quais um dia encontraram. Amor estava miando e Doddy resolveu ajudá-lo falando:

- Por que mia gatinho?
- Eu estou com muito frio e muita fome.
- Vamos para minha casa, meu amigo, para a gente se conhecer melhor.
- Então, vamos!

Chegando à casa do Doddy, este perguntou ao gatinho:

- De onde você é?
- Da cidade. De uma casa grande. Mas eu estava andando por aí e me perdi.
- Qual é seu nome verdadeiro, meu camarada?
- Meu nome é Amor e o seu?
- O meu é Doddy.
- Você mora sozinho?
- Sim. Eu moro e você?
- Eu também morava sozinho no porão de uma casa. Agora, eu estou perdido e não sei como retornar.
 - Se for assim, poderá morar comigo.
- Posso mesmo?
- Claro que sim. Amigo é para estas coisas.

E eles viveram felizes para sempre.

                                                                    Ana Maria Diniz Costa –  9º ano.


Noviço contista ep. : Uma família estranha

 Há muitos e muitos anos, havia uma família que era muito estranha. Essa família era composta por treze pessoas: nove filhos, o pai e mãe e dois primos. A casa era enorme, pois ali morava uma grande família que cresceu ainda mais com a chegada dos dois primos, pois seus pais haviam morrido em um acidente automobilístico; com isso houve a adoção das crianças pelos tios. Todas as sextas-feiras a noites eles se reuniam em volta de uma fogueira e ficavam ali até altas horas, contando histórias de terror.

Eram muito animados: tocavam instrumentos, cantavam e contavam histórias. Eram muito felizes. As histórias pareciam tão reais que eles entravam na casa amedrontados, pois isso as crianças dormiam em um mesmo quarto. Porém, mesmo assim, na alta madrugada aparecia algo para assombrá-las. Quem mais sofria com as perturbações noturnas era a coitada da Maria Júlia, a filha do meio da família. Numa noite de sexta-feira, dia treze do mês, na alta madrugada, ouviu-se um grito:

—Socorro! Ave Maria! Cruz credo! Ai, ai, ai! Creio em Deus pai...

Todos acordaram com aquela gritaria sem fim. Aquele terror acordara até os vizinhos, que correram para ver o que se passava naquela casa. A verdade é que todos os vizinhos achavam aquela família muito esquisita: reunir toda sexta-feira para contar história de terror era algo muito incomum às pessoas normais.

—O que foi Maria? O que foi agora? Perguntou alguém.
— Eu vi um clarão muito forte e esse clarão entrou no meu quarto. Eu acho que era um disco voador e ele veio me buscar.
—Ai meu Deus! Ave Maria! Falou o João, o filho mais velho.
— Será que era mesmo? Perguntou uma vizinha que entrara na conversa.
Continuou:
—Deve ser mesmo. É esquisito igual à ocês ê, deve ser do outro mundo. Vão bora daqui meu fio. Vão sair dessa casa, antes que esse povo pega nóis.
Então um primo de Maria, o adotivo da família, disse:
—Eu acho que é meu pai e minha mãe que veio buscar eu e meu irmão.

O pavor tomou conta da casa e muitos se ajoelharam e começaram a rezar em voz alta:
—Ave Maria! Cruz credo! Creio em Deus pai...
E fazendo o sinal da cruz, os pais dos meninos pareciam não entender nada. Também era desejo das crianças que o assunto não repercutisse aos ouvidos dos pais, pois temiam que eles os proibissem de frequentar fogueira e de ouvirem histórias de terror.

Os dias se passaram e a reunião junto à fogueira prosseguiu durante todo o inverno. Ouviram histórias e mais histórias de terror, que eram contadas até próximo à meia noite. A essa altura as crianças estavam exaustas de sono. Em uma madrugada, Maria acorda todos da casa com a mesma gritaria:

—Socorro! Cruz credo, credo em cruz! Creio em Deus pai...
Os primos foram os primeiros a chegar junto a Maria. Então um deles disse:
—Agora eu vi; é o meu pai e a minha mãe.

Então a maioria das crianças cobria a cabeça e gritava muito e, mesmo com as cabeças cobertas perceberam que um casal aproximava deles. O clarão ficou mais intenso.
—Credo em cruz! Sai Capeta! - Disse o João.
—Não é Capeta, são meus pais. - Disse um dos meninos adotivos.
—Desculpa-me Carlinho. Sai assombração! - Continuou o João.
—Mas não é assombração, são nossos pais. - Alertou o menino.
—Mas eles já morreram, então são fantasmas. - Replicou João.

Em um átimo de tempo, uma mão tocou a Maria e ela desmaiou. Então ouviram e reconheceram uma voz que dizia bem alto:
— Carma meninos. Sou eu, seus bobos. Sou a mãe d’ocês uai; toda a noite eu venho ver se ocês tá bein, cambada de bobos.

Aquela mulher passou algo no nariz de Maria, mas a menina não acordou do susto. Passando-se algumas horas e nada de Maria retornar a si. Carlinho começou a chorar e dizer bem alto:
— Minha mãe levou a pessoa errada. Ela veio me buscar e levou a pobre Maria.
Dona Antônia, sua tia, disse:
— Vira sua boca pro mato, menino; Maria não morreu não e, alma de outro mundo não volta aqui não. Tudo que ocês viram, gente, era eu.

Antônia e seu Marido pegaram a Maria Julia e levaram para o rio, para jogá-la na água fria. Foi só assim que a menina conseguiu despertar depois do susto. Mas acordou gritando:
—Socorro! É uma assombração! Socorro!!!! Socorro!!!!!!!!

A mãe deu-lhe um tapa na cara para que saísse do susto. Então Maria Júlia começou a chorar e Dona Antônia resolveu contar a todos o que havia acontecido. Seus filhos começaram a interrogá-la:
—E aquele Clarão que a gente viu? - Perguntou o Pedro.
—E a mão que passou na cabeça de Maria? - Perguntou o Rafael.
—E os passos que a gente ouviu? - Perguntou a Gina.
Calmamente respondeu Dona Antônia:
—Se ocês deixar, eu posso explicar tudo.

Então Dona Antônia explicou tudo para eles. Assim aquelas crianças conseguiram entender que tudo não passou de um simples engano. O clarão era a vela acesa na mão de dela; a mão na cabeça de Maria era o carinho da mão de Dona Antônia e os passos que eles ouviam no quarto era ela que entrava no quarto para observar as crianças. Todos riram muito e aquele acontecimento virou uma história que era rememorada todas as sextas-feiras de inverno, junto à fogueira, por muitos anos e com muitas gargalhadas.

Jéssica Kelly – 8ª Série.

Noviço contista ep. : História para uma vida

 Um garoto nasceu após oito meses de gestação. Sua família morava em uma cidade do interior de Minas gerais. Era um menino muito frágil e teve que lutar para viver. Seu nome é Cristofen Walken, mas se tornou conhecido da comunidade em que vive pelo cognome de Cris. Sua família não era rica, mas também não era pobre. O pai de Cris morreu em um acidente de carro. Na época do acidente, Cris tinha apenas cinco anos. 


Após a morte do marido, a mãe do garoto, dona Isabel, resolveu mudar de cidade. O objetivo dela era tentar afastar do local em perdera um parte de sua vida, o marido. Dona Isabel vendeu o gado e a pequena fazenda e partira para a capital mineira. Levou consigo o sonho de estudar o filho e fazê-lo crescer na vida na cidade grande. O recurso financeiro que levara consigo não fora suficiente para implementar o sonho. Ao chegarem a Belo Horizonte, tiveram que morar em uma favela. A vida de dona Isabel piorara ao descobrir que havia uma doença em seu coração. Um médico da Santa Casa diagnosticou que era a doença de Chagas. Assim, não ela poderia mais trabalhar devido à doença.

Cris, já com onze anos, decidiu ajudar a mãe. Todos os dias ele saia bem cedo de casa para vender chup-chup na rua. Nesse ínterim conheceu um moço pelo cognome de Vaguinho, esse era o gerente da
boca de fumo da favela. O moço propôs ao Cris um emprego. O garoto ficou receoso, mas aceitou a proposta de trabalho. Porém havia uma condição imposta pelo garoto ao traficante: que o Vaguinho permitisse o concedesse o direito a estudar pela manhã. O gerente aceitou a condição de trabalho do menino.

No dia seguinte à negociação, o Cris começou a distribuir as drogas na favela para o traficante. O garoto levava-as de um lugar a outro em uma sacolinha.

Certo dia, um policial parou o menino e lhe perguntou:
— O que você leva nessa sacola moleque?
Tremendo, devido ao medo da polícia, Cris respondeu-lhe:
— Remédios para minha mãe.
O policial não acreditou no garoto e lhe disse:
— Quero ver o que tem aí dentro.
O policial abriu a sacola, viu a droga e levou o Cris para a delegacia. Como não havia telefone na casa do garoto, os policiais não quiseram entrar na favela para informar a dona Isabel da prisão do menino, pois sabia que o local era muito perigoso. Então o garoto foi entregue ao juizado de menores, sem nenhum comunicado à família.

Devido ao desaparecimento do menino, dona Isabel ficou desesperada. Passou-se um ano e não houve nenhuma notícia do garoto à mãe. Ela pensava que os traficantes haviam matado o Cristofen.

Passaram-se seis anos e o garoto foi liberado do reformatório. Ao chegar à favela descobriu que sua mãe havia morrido. Ficou muito triste com a notícia. Quando saiu do reformatório, o garoto havia concluído o segundo grau, por isso estava habilitado a encarar uma faculdade, por conhecia a sua capacidade intelectual. Ele passou no vestibular, conseguiu uma bolsa de estudos e foi contratado por uma pequena empresa para trabalhar meio horário. A empresa começou a crescer e o rapaz crescia junto a ela.

Anos depois, o rapaz se formou. No primeiro momento comprou uma casa e abandonou, de uma vez por toda, a casa que herdara da mãe na favela. Após mais alguns anos, ele fez pós-graduação em administração de empresa. Neste período de estudo, Cris passou dois anos na Europa fazendo um intercambio financiado pela empresa. Na faculdade européia em que estudou, Cris conheceu uma colega de sala por nome de Júlia. Ao voltarem ao Brasil, casaram-se e tiveram duas filhas.

Passaram-se mais uns anos; então, Cristofen e Júlia montaram uma empresa do ramo de eletrônicos. A empresa cresceu e fora expandida para fora do Brasil. Eles criaram uma filial em Lisboa, Portugal. Devido
ao sucesso da empresa na Europa, o casou foi obrigado a se mudar para Portugal com os filhos. De lá, administrava a matriz no Brasil. Essa era o retrato que fazia o Cristofen rememorar a infância e a juventude e
acreditar que tudo é possível ao ser humano. Ele sabia que se tornara parte de uma minoria que consegue sucesso financeiro na vida, após romper a barreira da pobreza e, assim se orgulhosa da sua ousadia.

Thales Batista Rodrigues – 8ª série.

Noviço poeta ep. : Amor de invenção

 Dizem certas pessoas

Que o amor é invenção;
Porém, só acreditam nele
As pessoas que têm bom coração.

O amor não é invenção;
O amor é verdade,
Que nasce no coração
De quem acredita da felicidade.

Você pode não acreditar
Na palavra amor,
Mas eu acredito, pois foi o próprio
Amor que me ensinou.

Ensinou-me a amar;
Ensinou-me a viver;
Amor, eu te amo e
Não consigo viver sem você.

 Lídia Joana do Carmo - 9ºano.

Treinando questão abertas para USP e Unicamp - PARTE 1

Q 1 ( USP) . Leia seguinte texto, que trata das diferenças entre fala e escrita:

Talvez ainda mais digno de atenção seja o desaparecimento [na escrita] da mímica e das inflexões ou variações do tom da voz. A sua falta tem de ser suprida por outros recursos.

É, neste sentido, que se torna altamente instrutiva a velha anedota, que nos conta a indignação de um rico fazendeiro ao receber de seu filho um telegrama com a frase singela – “mande−me dinheiro”, que ele lia e relia emprestando−lhe um tom rude e imperativo. O bom homem não era tão néscio quanto a anedota dá a entender: estava no direito de exigir da formulação verbal uma qualidade que lhe fizesse sentir a atitude filial de carinho e respeito e de refugar uma frase que, sem a ajuda de gestos e entoação adequada, soa à leitura espontaneamente como ríspida e seca.

J. Mattoso Câmara Jr., Manual de expressão oral e escrita. Adaptado.


a) Considerando−se que o verbo da frase do telegrama está no imperativo, se essa mesma frase fosse dita em uma conversa telefônica, haveria possibilidade de o pai entendê−la de modo diferente? Explique.

b) Reescreva a frase do telegrama, acrescentando−lhe, no máximo, três palavras e a pontuação adequada, de modo a atender a exigência do pai, mencionada no texto.

Noviço poeta ep. : A saudade pode ser fatal

Quando penso que já te esqueci,
A saudade vem, machuca e incomoda.
Quando penso que tudo está perfeito,
A saudade volta a me incomodar,
Trazendo lembranças
Que jamais queria recordar.
Mas será que um dia essa saudade vai acabar?
Será que um dia vou poder te encontrar?
Ou vou viver com essa saudade para sempre
Até ela me matar?
Maykyllayne Rezende - Ensino Médio

Noviço poeta ep. : Filhos, presente de Deus?

Filhos, é benção divina
Que só Deus pode criar;
Por eles, tenho um amor tão imenso
Que não dá para explicar.

Com seus sorrisos,
Me alegram;
Com suas lágrimas,
Me desanimam;
Mas não importa,
Pois tudo neles me fascina.

Por quê? Por quê?
É tão maravilhoso assim?
Por que longe deles
Eu me sinto falta de mim?

Isso ,porque não existe amor de verdade
Que não seja de mãe para filho.
Esse amor é superior
A todos os sentimentos já vistos.

Filhos são vida;
Filhos são amor;
Filho é uma maravilha,
Uma dádiva de nosso Senhor!
                                                                Pâmera Cristine Evangelista.

Noviço poeta ep. : O mundo acabando

É triste a situação:
O mundo acabando
E o povo sem noção.
O desperdício dos ricos é igual
A discriminação social.
Que coisa lamentável, esse nosso planeta,
Em que há muita criança morrendo com tiro de escopeta.
Eu sei que isso tudo vai se reverter
E a mudança do mundo começa por você!
O mundo está lamentável, não só por isso.
A água acabando devido a tanto desperdício;
Deus deu tudo de graça para o homem cuidar
Por isso, se conscientize, comece a pensar;
Seus filhos poderão não tê-la, se você não cuidar.
Então faça sua parte, comece a preservar.
Rodrigo Aires Ribeiro. Ensino Médio

Noviço poeta ep. : Medos: quem não tem?

Tenho medo de sonhar
E nunca mais acordar;
Tenho de sorrir
E pra sempre me iludir?

Tenho medo de te ver
E você não me reconhecer.
Tenho medo de nadar
E no teu amor me afogar.

Tenho medo de voar
E por você me descontrolar;
Tenho medo de me apaixonar
E você me desprezar.

Tenho medo de estar com você
E me esquecer;
Meu maior medo é me envolver,
E um dia nosso amor morrer;

                                                                    Lorrayne Alinny

Noviço poeta ep. : Os mistérios da alma

O mistério da alma,
Ninguém entende;
Porque feliz ou triste,
Tudo parece diferente.

No ódio, é só lamento;
No amor, é uma tortura;
Na alegria, nem sei explicar,
Pois sou uma pessoa obscura.

A minha alma, nem sei mais
Onde foi que se perdeu;
Não sei se ainda existe;
Acho que ela morreu.

Não posso continuar assim,
Sem alma não tenho coração;
Mas, enquanto não acho minha cura,
Continuo na solidão.

Aline Guilherme Rodrigues – ENSINO MÉDIO

Noviço poeta ep. : Minha avó é diferente

Tico-teco, teco-tico,
Minha avó usa pinico.
Fica no pinico o dia inteiro.
Ela não vai ao banheiro.

E antes ela me dizia,
Que na casa da minha tia
Ela ia e comia;
E com o pinico, ela ia.

Ela vivia até chorando;
E no pinico se esforçando;
E quase todo dia
No pinico, ela ia.

E chegou aquele dia
Em que o pinico então sumiu.
Ela perguntou a todos;
Mas ninguém soube; ninguém viu.

Kelven Christian Alves Guimarães

Noviço poeta ep. : Sensações estranha de adolescente

Um dia pensei
Que sabia.
Outro dia
Descobri que não sei.

Quando o amor
Vem a tona,
Entra e detona
De uma vez.

Sonho, amor,
Paixão,
Sei que tudo isso
É ilusão.

O certo é que
O amor entra e me
Deixa triste assim.
Então descubro
Que teve fim.

                        Karina Monique  de Souza  - Ensino Fundamental

Noviço poeta ep. : Truco na adolescência

Truco seu bosta;
É seis ladrão.
Disso, já brinquei muito
Com meu irmão

Já subi no muro
E cai de costa;
É truco seu bosta.
Eu também já escondi muita
Carta nas costas.

Quando brinco de truco,
Não tenho inimigos;
Apenas amigos!!!

                                                Lucas Moreira Santos - Ensino Médio

Noviço poeta ep. : Tragédia e lição


O aluno não estudou,
Nas aulas importantes, sempre faltou.
O professor a matéria explicou,
Mas o aluno nem ligou.

O professor chamou atenção,
Mas o aluno não viu
Que  o mestre estava com razão.

Será que ele vai passar?
Ou a bomba vai levar?
Ele só queria colar,
E pensava:
“Estudar não vai rolar.”

Muitas notas vermelhas, ele tirou,
e a bomba, levou.
E muito triste ficou.

No ano seguinte,
Estudar, voltou.
E a cola, ele nunca mais procurou.
Este é o aluno
Que aprendeu a lição
E quer ser exemplo para a nação.
                                                        Elvis Túlio Sarmento da Silva- Ensino Médio

Noviço poeta ep. : O que é a liberdade?

Livre como a água,
Passando pelo rio;
Fazendo com que os peixes
Nadem rapidinho.

Livre como a nuvem,
Ajuntando-se devagar;
Trazendo a chuva
Para nos ajudar.

Ter liberdade
É sermos livres;
Livres para voar.

Aline Moreira Pereira

Noviço poeta ep. : Apenas uma canção de ninar

Quero cantar pra você
Que está pra chegar;
Canções que te faça sorrir,
Canções que te faça sonhar.

Pode vir e não tenha medo.
Aqui, não há nenhum segredo,
Pois vou cantar pra você
Apenas canções de ninar.

Vou te falar coisas mágicas,
Coisas sem qualquer tipo de maldade.
Para que você possa encontrar
Da maneira mais ingênua,

O verdadeiro caminho para a felicidade.
Pode vir não tenha medo,
Aqui, não tem nenhum segredo.

Pois, vou cantar pra você
Apenas canções de ninar.
Karoline Dias Ferreira - Ensino Médio

Noviço poeta ep. : Brisas de amor

Assim como a brisa toca o rosto,
Suave, o amor toca o coração;
Cheio de emoção.

Assim como a primavera,
O coração tem que ser florido;
Não de flor, mas de amor.


                                            Erika Oliveira Teixeira - Ensino Fundamental

Noviço poeta ep. : Paixão verde e amarela


Juntos, como num só corpo
Bate forte o coração.
Quem tá entrando em campo
É a nossa seleção...
Mãos na cabeça e
Tirem os pés do chão.
Por que na arquibancada é pura agitação.
É analisar e chutar
Pra que a bola na rede possa entrar.
São minutos de total tensão
E no final do jogo
Queremos a taça na mão.
Pra gritar com total convicção
De que o Brasil
É hexacampeão!
                                     Michele Batista Pimentel - Ensino Médio

Noviço poeta ep. : Amor por encanto

O amor é lindo,
Pois sabemos que amamos alguém.
Quando amamos, vivemos sorrindo
E não conseguimos brigar com ninguém.

O amor é uma festa
De alegria e felicidade.
Cada amor, uma conquista
E na alegria, há simplicidade.

O amor é sincero,
Verdadeiro e adorável.
No peito traz saudade
Revelando sinceridade.

O amor é tudo;
É digno, é perfeito.
O amor é cego,
Pois quem ama não enxerga defeito.
                                                                Regiane dos Santos Souza - Ensino Fundamental

Noviço poeta ep. : Ester

Ester pequenininha,
Tão levadinha;
Adora ir a cozinha.
Não gosta de feijão,
Come todo o macarrão
E o bolo então?
Não gosta de tomar banho
Não gosta de pentear cabelo
É só pegar o pente que
Ela arruma um berreiro!
Adora ir à escola.
Quer ser psicóloga!
Mas tem que se dedicar. E agora?
Sol do meu dia,
Mel que adoça minha vida.
Irmãs para tudo e sempre
Irmãs para toda vida.
Sara Aparecida Martins - Ensino Médio

Noviço poeta ep. : Quero! Será?

Quero todo teu espaço
E todo teu tempo.
Quero todas as tuas horas
E todos os teus beijos.
Quero toda tua noite
E todo teu silêncio.
Quero toda tua sede
E todo o teu fogo.
Quero todos os teus astros
E todo o teu céu.
Quero todo o teu sol
E toda tua Alvorada.
Quero todo o teu Amor
E toda tua alma.
Quero todo o teu tudo
E todo o teu nada.

                                                                Daniele Karen de Souza Anastácio - Ensino Médio

Noviço poeta ep. : Família Moares

Minha família é muito feliz;
Papai, mamãe e Beatriz.
Mas nela também há confusão;
Por isso, fico na solidão.
Quando a gente sai,
Todo mundo vai;
Na hora do estudo,
Minha irmã ajuda-me em tudo.
A minha mãe é muito legal,
Mas às vezes também é mau.
Eu amo minha família
Do jeito que ela é;
Amo da cabeça aos pés.
O amor entre nós faz parte;
Pois a minha família
É como obra de arte.


                                            Lorena Gabriele de Morais - Ensino Fundamental

Noviço poeta ep. : Família Silva

Minha família não vive separada.
E quando se juntam,
Fazem uma bela feijoada.
Papai, titia e vovó;
Em casa, sempre estão juntos;
E de vez em quando fazem uma bagunça só.
O meu primo é Gabriel;
Ele é muito mentiroso;
E só podia ser da família Barroso.
O menino é um angu com caroço;
Todo dia, na hora de ele ir para escola,
Ele arruma uma dor no pescoço.
                                                        Kenner Willian da Silva - Ensino Fundamental

O Auto da Compadecida - resumo

No início dos anos 30, Chicó e João Grilo, dois pobres homens que vivem próximos da cidade de Taperoá na Paraíba, conseguem um emprego na padaria da cidade, onde moram o padeiro Eurico e sua esposa Dora, que vive sempre o traindo. Os patrões cuidam melhor de sua cadela de estimação do que dos seus empregados, oferecendo comida estragada para Chicó e João Grilo e bife passado na manteiga para sua cadela, causando constantes reclamações por parte de João.

Quando a cadela morre, Dora exige que João Grilo e Chicó peçam ao padre da cidade que benza sua cachorra antes do enterro. O padre não concorda e João Grilo, esperto e embromador, alega que a cachorra é do temido Major Antônio Morais e, então, o padre aceita; para conseguir que o padre realizasse o enterro em latim, João Grilo também diz que a cachorrinha era uma cristã devota e que deixara em testamento de dez contos de réis para a igreja. O padre enfim realiza o enterro para cachorra e quando todos voltam à igreja encontram o bispo contrariado que logo se arrefece ao saber que a cachorrinha deixara sete contos de réis para a paróquia, ou seja, sob sua responsabilidade e três contos de réis para a igreja.

Chicó apaixona-se pela filha de Major Antônio Morais, Rosinha, e junto com João Grilo engendram um plano para conseguir a autorização do major para a mão de sua filha à Chicó. Em uma de suas armações, onde Chicó deveria parecer valente diante de todos, eles se encontram com o cangaceiro Severino que faz com que seu subordinado "Cabra" mate o padre, o bispo, Eurico e Dora. Na vez de João Grilo e Chicó, João Grilo engana Severino com uma suposta gaita mágica que ressuscita mortos e Severino, crente que visitaria Padre Cícero, a qual é devoto, e depois voltaria, pede ao seu guarda que o mate. Cabra, vendo que seu chefe não voltava mesmo após tocar a gaita, mata João Grilo e foge.

João Grilo, Eurico, Dora, Severino, o padre e o bispo se encontram no céu para o julgamento final e, após uma discussão acirrada com o Diabo, João Grilo consegue a presença de Nossa Senhora que sugere ao seu filho, Jesus Cristo, que envie Severino diretamente para o céu, pois ele não era responsável pelos seus atos, e que envie Eurico, Dora, o padre e o bispo para o purgatório, pois na hora da morte todos eles se redimiram de seus pecados (Dora havia pedido perdão à Eurico pelas suas traições e ele à perdoou enquanto o padre e o bispo perdoaram seu assassino), e que João Grilo volte para Terra.

Quando João Grilo volta à vida, encontra Chicó enterrando seu corpo em um local do árido sertão. Eles prosseguem com o plano de fazer Chicó se casar com Rosinha, mas falham quando o pai da moça descobre que Chicó não era rico de verdade como ele havia dito antes e se prepara para "arrancar seu couro"; Rosinha e João Grilo, porém, salvam Chicó dizendo que o contrato firmado anteriormente por Antônio Morais e Chicó não diz que uma gota de sangue deve ser derramada do couro de Chicó; Chicó e Rosinha fogem junto com João Grilo, deixando Morais enfurecido.

Na estrada depois da fuga, Chicó, João Grilo e Rosinha encontram um pobre andarilho negro semelhante a Jesus Cristo perambulando pelo sertão que lhes pede comida; Rosinha separa um pedaço de pão que leva consigo e dá para o homem, que agradece e vai embora. Rosinha conclui que Jesus "pode se disfarçar de mendigo para testar a bondade dos homens" e Chicó afirma que conheceu um homem que tinha visto um Jesus moreno parecido com o andarilho. Eles então vão embora pela estrada enquanto João Grilo toca sua gaita alegremente pelo caminho.

Por Geraldo Genetto Pereira
Professor, escritor, blogueiro, youtuber.
Formação: Licenciatura e Mestre em Letras pela UFMG.

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7ºano - período Composto por Coordenação

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